A volta da alta de casos de coqueluche no Brasil tem sido a grande preocupação da vez. Para se ter um parâmetro, apenas em São Paulo, foram registrados no mínimo 32 casos da doença no último mês. A situação atrai o alerta dos especialistas da área da saúde, principalmente por causa da importância que se deve atribuir às vacinas. 

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Justamente por conta desse cenário, o Ministério da Saúde orienta a ampliar e intensificar a vacinação contra a coqueluche no Brasil. Segundo a Pasta, estados e municípios também devem fortalecer as ações de vigilância epidemiológica para casos da doença.

O Ministério indica o uso da vacina dTpa (tríplice bacteriana acelular tipo adulto), que combate difteria, tétano e coqueluche — principalmente no que diz respeito ao público de trabalhadores que atuam em serviços de saúde, ambulatorial e hospitalar.


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O grupo prioritário para a vacina também contempla aqueles que atuam na ginecologia e obstetrícia, parto e pós-parto, unidade de terapia intensiva (UTI) e unidade de cuidados intensivos (UCI) neonatal convencional. Doulas ou profissionais que atuam em berçários e creches também precisam ser imunizados.

Conforme orientação do Ministério da Saúde, as pessoas com o esquema vacinal completo devem receber uma dose da dTpa, e quem tem menos de três doses precisa receber uma dose de dTpa e completar o esquema com uma ou duas doses de dT (vacinal contra difteria e tétano).

Coqueluche no Brasil

A coqueluche no Brasil teve o último pico epidêmico em 2014, com 8.614 casos registrados. De 2015 a 2019, o número de casos confirmados variou entre 3.110 e 1.562.

Em 2020, o número de casos da doença no Brasil diminuiu notavelmente (algo que podemos considerar que foi por causa da pandemia de covid-19, principalmente).

Tosse é um dos principais sintomas da coqueluche (Imagem: Annie Spratt/Unsplash)

Mesmo assim, entre 2019 e 2023, todas as 27 unidades federativas notificaram casos de coqueluche. As regiões mais atingidas pela doença foram:

  • Pernambuco: 776 casos
  • Minas Gerais: 253
  • São Paulo: 300
  • Paraná: 158
  • Rio Grande do Sul: 148
  • Bahia: 122

A principal preocupação do Ministério da Saúde é a taxa baixa de imunização, já que entre 2016 e 2023, a cobertura ficou abaixo de 95% (taxa orientada pela OMS).

Coqueluche na Europa e na Ásia

Em maio deste ano, a União Europeia compartilhou um relatório sobre o aumento da doença em pelo menos 17 países, com mais 32.037 casos entre 1 de janeiro e 31 de março de 2024.

Enquanto isso, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças da China (CCDC, 2024) relatou 32.380 casos e 13 mortes no país em 2024.

Sintomas e prevenção da coqueluche

De acordo com a cartilha do Ministério da Saúde, os sintomas da coqueluche podem se manifestar em três níveis, sendo que no primeiro, a doença parece um resfriado. 

Os sintomas iniciais (mal-estar, corrimento nasal, tosse seca, febre baixa) duram algumas semanas. No estágio intermediário, a tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada e pode atrapalhar a respiração e até gerar vômito. 

Já na terceira fase, os sintomas são mais severos. “A gravidade da doença também está relacionada à falta de imunidade e à idade”, relembra o Ministério.

O melhor método de prevenir o aumento da coqueluche no Brasil é tomar a vacina. Nas crianças, a imunidade à doença é adquirida quando elas tomam as três doses da vacina, sendo necessária a realização dos reforços aos 15 meses e aos 4 anos. Mas na vida adulta, mesmo tendo sido vacinado quando bebê, é possível ficar suscetível novamente à doença.

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