A Light apresentou seu Light Phone 3, terceira geração do celular com proposta minimalista, para quem quer se desconectar um pouco e não consegue fazer isso apenas com as configurações de um smartphone comum. Desta vez, ele fez algumas concessões à ideia original: o novo modelo tem câmeras frontal e traseira, tela OLED (em preto e branco) e chip NFC.
O aparelho está em pré-venda ao preço de US$ 399 (R$ 2.141, em conversão direta), com previsão de entrega para janeiro de 2025. No site, o preço cheio é de US$ 799 (R$ 4.287), o que o coloca no mesmo patamar de aparelhos como o iPhone 15 no exterior, mas a empresa diz que pode reduzir o preço, se houver demanda para aumentar a produção. O Light Phone 2 continuará à venda, por US$ 299 (R$ 1.604).
Tela OLED e câmera com botão físico
A tela OLED talvez seja a principal novidade do Light Phone 3. A versão anterior vinha com tela e-ink. O novo visor ainda é preto e branco, o que significa que pouca coisa mudou no visual, mas a fluidez da interface é melhor com a nova tecnologia.
O aparelho continua com um formato compacto, com tela de apenas 3,92 polegadas em um formato quase quadrado. Como observa o TechCrunch, é como um iPhone na largura, só que mais “baixinho”.
Outra novidade é que agora o Light Phone 3 tem câmeras — uma de 50 megapixels na parte de trás e outra de 8 megapixels na parte da frente. As funcionalidades são limitadas: dá para tirar fotos, mas não dá para compartilhar ou editar. Elas também servem para chamadas de vídeo e escanear QR Codes.
O Light Phone 3 conta com um botão de duas fases para focar e tirar fotos, como as câmeras tradicionais. Outro botão físico é um scroll para ajustar o brilho da tela e ligar a lanterna.
Light Phone 3 está mais perto de ser smart
Várias especificações do Light Phone 3 chamam a atenção por estarem mais próximas de um smartphone do que de um feature phone. Ele tem 128 GB de armazenamento, 6 GB de RAM, processador Qualcomm 4 Gen 2, porta USB-C, leitor de digitais e conectividade 5G, por exemplo.
Dois aspectos chamam a atenção. O primeiro é a presença de um chip NFC. Kaiwei Tang, fundador da Light, disse ao Verge que a empresa quer oferecer pagamentos por aproximação em algum momento.
O outro é a bateria, que é removível e pode ser substituída pelo próprio usuário. A capacidade, no entanto, é pequena: 1.800 mAh. Com tela sem cor e proposta de uso mínimo, isso deve durar bastante.
O celular já conta com mapas e navegação, tocador de músicas e podcasts, mensagens de texto, anotações, calendário, alarme, timer, calculadora e compartilhamento de internet.
A Light também está pensando em integrar novos serviços para aproximar o Light Phone 3 aos smartphones. Tang menciona uma possível conexão com serviços de Spotify, Uber e até ChatGPT. O fundador explica que a empresa não é contra todos os apps, apenas os viciantes, com seus feeds infinitos.
Com informações: The Verge, TechCrunch
Light Phone 3 ganha tela OLED e câmeras para ser menos minimalista