A catástrofe do Rio Grande do Sul gerou grandes impactos nas redes fixas de telecomunicações, e as operadoras precisarão reconstruir a infraestrutura para continuar atendendo a população com internet e outros serviços. O Ministério das Comunicações calcula que o custo para reerguer as redes pode chegar a R$ 1,6 bilhão.
O cálculo foi compartilhado por Hermano Tercius, secretário-executivo do Ministério das Comunicações e divulgado pelo Mobile Time. As chuvas afetaram aproximadamente 600 mil clientes de banda larga fixa no mês de maio.
Para reconstruir as redes, o governo deve disponibilizar recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). De acordo com o secretário-executivo, o valor pleiteado é superior a R$ 500 milhões, e cerca de metade seria disponibilizado de forma não-reembolsável.
O cálculo da reconstrução das redes mudou ao longo do tempo. Inicialmente, as associações de provedores estimavam a cifra de R$ 2 bilhões, mas posteriormente houve atualização para R$ 1,6 bilhão.
Operadoras compartilharam redes para reestabelecer conexão
Para reestabelecer a comunicação nas áreas afetadas pelo alagamento, Claro, TIM e Vivo abriram suas redes móveis em roaming. Isso permitiu que clientes de uma empresa conseguissem utilizar o sinal da concorrente em locais onde sua prestadora não funcionava.
De acordo com dados da Anatel, o sinal de celular no Rio Grande do Sul já foi restabelecido por todas as operadoras em 740 municípios. Ainda há locais parcialmente afetados; nesse caso, os clientes podem utilizar uma rede de uma concorrente via roaming.
Outras medidas foram tomadas para reestabelecer as comunicações de forma emergencial. O governo federal disponibilizou kits de comunicação via satélite da Telebras para levar internet a abrigos e serviços públicos.
A Oi celebrou um termo de cooperação com o governo do Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (12). A operadora irá fornecer acesso gratuito à internet por fibra óptica e Wi-Fi nos centros comunitários que irão abrigar pessoas afetadas pelas enchentes. A iniciativa deve atender cinco pontos de Porto Alegre e Canoas, que somam capacidade de alojar 3,8 mil pessoas.
Reconstrução das redes de telecomunicações no RS pode custar R$ 1,6 bilhão