A Anatel divulgou a nova edição do Panorama Econômico-Financeiro do setor de telecomunicações. O estudo mostra um aumento de preços na internet móvel, bem como aumento no consumo de dados. Além disso, a agência registrou queda nos preços de banda larga fixa.
O relatório abrange dados do 1º trimestre de 2024. De acordo com a agência, o preço médio por GB consumido em internet móvel foi de R$ 5,61, alta de 4,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os brasileiros também aumentaram o uso de internet móvel. Em média, as linhas móveis registraram consumo mensal de 5,36 GB — alta de 5,5% em relação ao mesmo período de 2023.
Um detalhe importante é que o relatório da Anatel leva em conta apenas dados de operadoras que não se enquadram como prestadoras de pequeno porte. Sendo assim, as estatísticas se referem a operadoras como Claro, TIM e Vivo.
Em média, brasileiros gastam menos de R$ 30 com móvel
A Anatel também mensura o ARPU, sigla para Average Revenue Per User ou receita média por usuário. Na telefonia móvel, o gasto médio mensal foi de R$ 29,61; ao categorizar por tipo de plano, usuários do pós-pago (que também inclui planos do tipo controle) gastaram em média R$ 47,47 por mês, enquanto o pré-pago representa R$ 11,79 mensais.
O estudo detalha o ARPU por região. Usuários do DF são os que mais gastam com telefonia celular, com média de R$ 39,95 por mês, seguido por São Paulo, que registrou R$ 36,10. Bahia e o Ceará são os estados com menor receita média mensal, com a cifra de R$ 20,77 por cliente.
Banda larga teve queda no preço e aumento do tráfego
Em média, os planos de banda larga tiveram custo mensal de R$ 100,73. A Anatel registrou queda de 2,2% no preço médio por GB consumido nas conexões fixas, caindo de R$ 0,36 para R$ 0,35.
Segundo o estudo, as conexões de banda larga registraram média de consumo de 290,33 GB por mês. O estado com maior consumo foi Roraima, com média de 625,8 GB. Já o menor consumo foi em Minas Gerais, com média de 206,47 GB.
Vale destacar novamente que o relatório leva em conta apenas informações financeiras de operadoras grandes. Como mais da metade dos acessos de banda larga no Brasil são feitos por provedores regionais, os dados têm menor precisão que no serviço móvel.
Operadoras aumentaram preço da internet móvel no Brasil em 4,3%