O Fortune Tiger, caça-níquel virtual mais conhecido como Jogo do Tigrinho, pode ser enquadrado na mesma legislação das casas de apostas, segundo avaliação de integrantes do Ministério da Fazenda ouvidos pelo G1. Para eles, a lei das bets abre a possibilidade para que estas plataformas ofereçam jogos deste tipo.
O game precisaria passar por algumas adaptações para ser oferecido legalmente no Brasil, como quota fixa — o apostador sabe quanto vai receber caso ganhe — e resultados definidos por um gerador randômico.
Mesmo assim, o entendimento não é unânime. Um decreto-lei de 1946 proíbe jogos dependentes exclusivamente da sorte, o que fecharia as portas para a legalização do Jogo do Tigrinho.
Oficialmente, o Ministério da Fazenda diz que ainda vai elaborar as regras para estes jogos. O mercado de apostas passará a ser regulado no Brasil em 1º de janeiro de 2025. A lei das bets, como ficou conhecida, define que empresas credenciadas certifiquem quais jogos atendem às exigências do texto.
Além disso, o Ministério da Fazenda pretende acionar a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para que o acesso a plataformas no exterior seja bloqueado.
Tigrinho ficou famoso nas redes sociais e páginas policiais
Atualmente, o Jogo do Tigrinho é oferecido por plataformas sediadas em outros países. Ele funciona como um caça-níquel, com resultados aleatórios. Assim como em uma loteria, as chances de perder são muito maiores do que as chances de ganhar.
O game ficou famoso pelas táticas de marketing agressivas e quase sempre enganosas, em que influencers prometem dinheiro fácil. Nos últimos meses, as autoridades policiais vêm investigando e prendendo suspeitos de lavagem de dinheiro, associação criminosa, estelionato e crime contra economia popular, entre outras práticas ilegais associadas ao Fortune Tiger.
Além disso, o jogo está bastante associado a práticas de spam, como pedir para seguir usuários no Instagram ou colocar pessoas aleatoriamente em grupos de WhatsApp que divulgam o game. Até mesmo links para sites do governo vêm sendo usados como isca. Por meio de redirecionamentos em buscadores, agentes mal-intencionados levam usuários a páginas de divulgação do game.
Com informações: G1
Governo avalia liberar o Jogo do Tigrinho, segundo site