A Lu — influenciadora virtual do Magalu — recebeu uma transformação visual baseada em inteligência artificial e tecnologias usadas em videogames e filmes de Hollywood. Além de ficar mais realista e humanizada, a avatar agora é capaz de criar uma gama imensa de conteúdos para marcas de forma ágil e em tempo real.

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A influenciadora estreou, nesta semana, o novo visual como a protagonista de uma parceria com o Burger King. No vídeo, ela brincou com o fato de ser virtual, enquanto falava sobre os sanduíches Wopper da lanchonete.

O conversou com Pablo Bioni, consultor responsável pela inovação tecnológica da Lu, para entender as novas possibilidades da personagem. A transformação aconteceu não só para atualizar a aparência da influenciadora, como também para expandir a presença dela em conteúdos inéditos, como programas ao vivo, publicidades interativas, experiências audiovisuais e até em realidades virtuais.


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Pablo Bioni no evento de lançamento da nova Lu (Imagem: Murilo Tunholi/)

Nova Lu permite interações em tempo real

A nova Lu chega para eliminar quase todas as limitações que a versão anterior de 2013 tinha. Antigamente, para aparecer em um vídeo, as produtoras precisavam fazer todo o processo de renderização da personagem, como em uma animação tradicional — ou seja, modelar, animar, simular o cabelo e até o comportamento da roupa.

O destaque da nova versão da Lu é poder fazer todas as interações anteriores, mas em tempo real, enquanto deixa a criação mais rápida e reduz gastos. Isso acontece porque, agora, a avatar é baseada na tecnologia da Unreal Engine 5, usada para criar videogames e obras cinematográficas, como Fortnite e a série para TV de Fallout.

Como a Lu se baseia na tecnologia de tempo real, ela já nasce com algumas propriedades intrínsecas aos videogames, como interatividade e resposta rápida, explicou Bioni.

Bioni ainda comentou que, apesar da Lu ser baseada no motor gráfico da Epic Games, ela pode ser migrada para qualquer outra plataforma, com facilidade. Inclusive, ela a pode rodar na nuvem, sem depender de software ou hardware específicos.

Nova Lu usa tecnologias de renderização em tempo real (Imagem: Murilo Tunholi/)

Por meio das tecnologias de renderização em tempo real, a Lu passa a ocupar espaços virtuais que eram, até então, impossíveis. Bioni afirmou que a nova versão personagem já surge pronta para não só aparecer mais rápido em peças audiovisuais, como também ser personalizada conforme as necessidades das marcas.

Em peças [publicitárias] tradicionais, que demoravam seis meses, o tempo de produção cai para um mês, semanas, dias ou até algumas horas”, comentou o consultor.

Além da agilidade, outro ganho da Lu é o realismo. Embora seja virtual, a influenciadora passa a ser mais humanizada, graças às novas tecnologias de renderização de cabelo, pele e outros aspectos do corpo humano.

No lançamento da nova Lu, Bioni comentou que a personagem ganhou cerca de 3 mil fios de cabelo, espalhados entre cabeça, sobrancelha, olhos, face e até no corpo. Os pelos, inclusive, são animáveis em tempo real e de forma automática, conforme a movimentação e as interações da avatar.

Graças à IA, Lu está preparada para o futuro

O maior ganho da Lu, atualmente, é a agilidade na produção de conteúdos. Porém, pensando no futuro, as possibilidades aumentam (e muito), devido à integração com sistema de inteligência artificial. Segundo Bioni, a IA transforma a personagem em um sistema que pensa sozinho.

Hoje, a Lu não é mais um modelo em 3D, mas sim um sistema. Ela é programada para receber todas as conexões possíveis e imagináveis de inteligência artificial. Ela consegue ter uma voz sintética e até conversar por meio de chatbots baseados em modelos de linguagem.

Lu deixa de ser um modelo em 3D para se tornar um sistema (Imagem: Murilo Tunholi/)

O consultor ainda explicou que, pela tecnologia ser multiplataforma, a Lu pode aparecer ao vivo na televisão aberta, em um filme de cinema, nos vídeos publicados na internet e até mesmo em um videogame.

Vale mencionar que diversas marcas já apostam no universo dos videogames para fazer publicidade. Em Fortnite, por exemplo, existem mapas criados pelas empresas que oferecem experiências interativas aos jogadores. Bioni acredita que a Lu pode existir nesses conteúdos, sem problemas.

A Lu está à frente do tempo em relação ao uso futuro. A missão, agora, é fazer com que as pessoas entendam que a ela tem capacidade para ser usada de formas além dos vídeos tradicionais. Hoje, a Lu é muito mais que um vídeo, é um sistema inteiro.

Com IA, a Lu ganha vida e interage com os espectadores. A própria tecnologia faz o rosto da personagem se mexer e sincroniza os lábios com a gravação de voz, por exemplo. É como se a influenciadora tivesse um ChatGPT implantado no cérebro, sendo capaz de entender instruções e respondê-las de acordo, sem intervenção humana.

Os desafios ao desenvolver a nova Lu

Durante o desenvolvimento da personagem, Bioni se deparou com desafios tecnológicos que precisaram ser resolvidos, antes da influenciadora receber as atualizações. “O Magalu teve muita coragem e visão estratégica de futuro ao apostar e confiar nessa tecnologia. A inovação não vai ser dispensada, é dela para frente”, afirmou o consultor.

Visual antigo de 2013 (à esquerda) e novo de 2024 (à direita) da Lu (Imagem: Magalu/Divulgação)

Entretanto, por ser uma tecnologia nova, houve atrito ao ver a Lu em situações que seriam impensáveis para a versão antiga. Bioni citou como exemplo as expressões faciais da personagem que passaram a ser mais imprevisíveis, assim como as dos seres humanos de verdade.

O mesmo vale para o corpo da Lu, que ganhou músculos e articulações funcionais. Agora, a personagem pode aparecer em ângulos que desfavorecem a imagem dela. Por isso, foi necessário “domar” certas reações para proteger a integridade da influenciadora.

A gente teve que adequar o rosto da Lu a uma morfologia humana coerente. Todos os aspectos faciais e corporais foram ajustados para proporções e dimensões humanas, mas sem perder a essência da identidade visual dela. Foi um grande desafio transformar uma personagem cujo cada ângulo era um modelo em 3D diferente em um único modelo que agradasse e passasse a leitura dela por todos os ângulos.

Por fim, Bioni vê a adaptação do mercado como outro possível obstáculo para a Lu. De acordo com o consultor, vai levar tempo até as marcas visualizarem as novas possibilidades das tecnologias interativas aplicadas a uma influenciadora virtual.

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