Kaspersky encerra operação nos EUA após sanções

A firma de cibersegurança Kaspersky vai desligar a sua operação nos Estados Unidos gradualmente, informou a empresa nesta semana. A decisão ocorre depois que o Departamento de Comércio da administração do presidente Joe Biden aplicou sanções à empresa por questões de segurança nacional.

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Com a medida, residentes dos Estados Unidos já não conseguem mais adquirir os produtos no site da companhia russa. Ao acessar a página da web, os visitantes se deparam com o aviso de que “a compra está indisponível para consumidores dos EUA”.

Apesar da restrição, a empresa mantém a oferta de seus serviços, incluindo para novos clientes, em outros países. Segundo a Kaspersky à emissora CNN, atualmente, mais de 400 milhões de pessoas e 240 mil empresas utilizam os produtos da companhia no mundo todo.

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“A empresa examinou e avaliou cuidadosamente o impacto dos requisitos legais dos EUA e tomou esta triste e difícil decisão, uma vez que as oportunidades de negócios no país não são mais viáveis”, disse a firma de cibersegurança em nota à emissora americana.

O entrou em contato com a Kaspersky, mas não obteve retorno até o momento da publicação. O texto será atualizado em caso de resposta.

Proibição nos Estados Unidos

O fim das operações da empresa vem à tona há cerca de um mês depois que o governo dos Estados Unidos anunciou as sanções à companhia.

Na época, a secretária de comércio Gina Raimondo informou que a administração tomou a decisão de proibir a Kaspersky Lab e suas subsidiárias de fornecer soluções de cibersegurança “em qualquer lugar dos Estados Unidos” após uma “investigação extremamente minuciosa”.

A secretária também mencionou que “as operações contínuas da Kaspersky no país apresentavam um risco à segurança nacional” e alegou que o governo russo teria total capacidade de influenciar ou dirigir as operações do antivírus.

Em resposta às acusações, a companhia informou que a decisão do governo foi tomada única e exclusivamente baseado no “atual clima geopolítico e nas preocupações teóricas, e não em uma avaliação abrangente de integridade dos produtos e serviços da Kaspersky”.