O FBI conseguiu desbloquear em 40 minutos o smartphone Samsung de Thomas Matthew Crooks, homem que foi morto após atirar em Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos e atual candidato. Para isso, os investigadores usaram uma ferramenta ainda em desenvolvimento da empresa israelense de perícia Cellebrite.
As informações sobre o desbloqueio foram obtidas pelo site da Bloomberg e pelo jornal The Washington Post. Segundo as publicações, oficiais do FBI de Pittsburgh, cidade próxima ao local da tentativa de assassinato, tentaram desbloquear o celular de Crooks usando uma ferramenta da Cellebrite atualmente disponível, mas não obtiveram sucesso.
O aparelho, então, foi enviado para o laboratório do FBI em Quantico, no estado da Virgínia. Agentes ligaram para o time federal da Cellebrite, que enviou um novo utilitário, ainda em desenvolvimento, e forneceu suporte técnico para ajudar na operação. Com isso, os oficiais conseguiram desbloquear o aparelho em 40 minutos.
Cellebrite não conseguia destravar smartphones recentes
A Cellebrite ganhou notoriedade em 2016, quando ajudou o FBI a desbloquear um iPhone 5c sem ajuda da Apple, após a empresa se recursar a criar um backdoor para os aparelhos. O celular pertencia ao autor de um atentado terrorista em San Bernardino, no estado da Califórnia.
Documentos internos da Cellebrite obtidos pelo site 404 Media indicam que as ferramentas da empresa têm limitações. Elas não foram capazes de desbloquear iPhones com iOS 17.4 ou versões mais recentes do sistema operacional, nem celulares Android como os Pixel 6, 7 e 8, desde que eles estivessem desligados. Estas informações vieram a público na quinta-feira (18).
Segundo a Bloomberg, o telefone de Crooks é um Samsung recente. A publicação não especificou qual seria o modelo em questão.
Com informações: 9to5Mac, The Verge
FBI levou 40 minutos para desbloquear celular de atirador de Trump