Após uma nova onda de compartilhamentos de posts nas redes sociais sobre a suposta “pílula do câncer”, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou, na quarta-feira (23), que a fosfoetanolamina sintética não tem autorização de uso como remédio e nem como suplemento. Isso porque não há dados científicos comprovando a eficácia do composto.

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Segundo a Anvisa, propagandas sobre a fosfoetanolamina no combate ao câncer “são irregulares e enganosas”, ainda mais quando se considera que o produto seria capaz de combater todos os tipos de tumores malignos. 

Na medicina, os oncologistas usam medicamentos diferentes para cada tipo de câncer e, até o momento, não foi encontrada uma cura universal para a doença. No caso dos tratamentos de última geração, a terapia é ainda mais individualizada, já que o remédio é desenhado para combater o tumor específico daquele indivíduo, como é o caso da terapia CAR-T Cell.


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“Pílula do câncer” e Anvisa

A discussão em torno da “pílula do câncer” é bastante antiga, já que o uso do composto começou nos anos 1990 e chegou a ser distribuído gratuitamente na USP de São Carlos. A ideia (não comprovada) é que a fórmula atue como um marcador das células cancerígenas, auxiliando o sistema imune do paciente.  

Anvisa reforça que a “pílula do câncer”, com fosfoetanolamina, não tem comprovação científica e não pode ser vendida como remédio (Imagem: National Cancer Institute/Unsplash)

“Sem as pesquisas clínicas adequadas e o devido registro, a fosfoetanolamina não pode ser considerada segura ou eficaz para o tratamento do câncer”, afirma a Anvisa sobre a decisão do porquê não fornece a autorização de uso para o composto. 

Para obter a licença e poder ser comercializada no Brasil, todos os medicamentos precisam apresentar uma extensa lista de documentos, incluindo os resultados dos testes com animais e humanos.

Aqui, também é necessário detalhar a segurança, os efeitos adversos e a taxa de eficácia.  “Os critérios para a aprovação de novos tratamentos são estabelecidos para proteger a saúde dos pacientes”, lembra a agência.

Não é suplemento alimentar?

Outro ponto que cabe ser mencionado é que a “pílula do câncer” também não se enquadra na classificação de suplemento alimentar. “Para que suplementos contendo essa substância [fosfoetanolamina] sejam comercializados, eles não podem fazer alegações terapêuticas ou medicinais”, detalha. Por exemplo, a melatonina é um suplemento.

A medida, segundo a Anvisa, busca “evitar que os consumidores sejam enganados por produtos que prometem curas sem provas científicas”.

Riscos para a saúde

Como não existem estudos comprovando a eficácia ou a segurança da “pílula do câncer”, o paciente que usar esse composto se expõe a riscos. “Esses produtos podem interferir negativamente nos tratamentos convencionais, além de apresentar riscos de contaminação”, afirma a Anvisa.

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