A categoria Copilot+ para PCs com recursos de inteligência artificial (IA) foi anunciada pela Microsoft em maio e introduzida no mercado em junho, mas com notebooks baseados em chips Qualcomm Snapdragon X Elite e X Plus. A partir de novembro, a categoria também incluirá máquinas com chips AMD e Intel.
O motivo desse prazo é que não é qualquer computador que pode ser enquadrado como Copilot+. A categoria tem uma série de exigências, sendo a principal a presença de um chip com NPU de 40 TOPS (40 trilhões de operações por segundo) ou mais.
Na AMD, somente a série Ryzen AI 300 tem essa capacidade até o momento. No caso da Intel, somente os chips Core Ultra 200V, que foram anunciados oficialmente nesta semana. Os processadores Snapdragon X foram introduzidos em maio com uma NPU de 45 TOPS, e isso explica a estreia da categoria Copilot+ com eles.
Já há notebooks com chips da série AMD Ryzen AI 300 no mercado. Marcas como Acer, Asus, Dell, HP, Lenovo, LG e Samsung também já estão anunciando opções com processadores da série Intel Core Ultra 200V. Apesar disso, esses equipamentos ainda não contam com os recursos do Copilot+.
E quais são os recursos Copilot+?
Os tais recursos consistem em funcionalidades no Windows 11 potencializadas pela inteligência artificial, mas cuja execução é feita localmente, dependendo pouco ou nada das nuvens. Entre elas estão:
- o Cocreator do Paint para geração de imagens sob demanda;
- o modo Super-Resolução Automática para jogos;
- aprimoramentos de funções de acessibilidade, como geração de legendas com tradução em tempo real;
- o Windows Studio Effects, que ajuda a criar efeitos visuais ou de voz durante videochamadas, por exemplo;
- o Recall, que faz capturas de tela de ações no Windows 11, criando um histórico organizado em uma linha do tempo.
No caso desta última ferramenta, a liberação será progressiva. A Microsoft vai disponibilizar o Recall a partir de outubro, mas ainda em fase de testes.
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A dúvida que fica no ar é se esses e outros recursos nativos do Windows 11 serão suficientes para convencer os consumidores a comprarem um Copilot+ PC. Nenhuma dessas funções parece ser realmente crítica para o dia a dia do usuário, com possível exceção para o recurso de legendas.
De todo modo, a Microsoft destaca que esses equipamentos também devem aprimorar a experiência do usuário com aplicativos de terceiros, dando como exemplos softwares como Chrome, Opera, Photoshop, Spotify e Surfshark.
Além de ganhos no desempenho, a Microsoft promete avanços em parâmetros como duração da bateria, segurança e conectividade nos Copilot+ PCs.
Veremos se tudo isso é realmente factível a partir de novembro.
Funções do Copilot+ chegarão a notebooks AMD e Intel em novembro