Chega ao Globoplay no próximo dia 16 de setembro, a série documental Pra Sempre Paquitas, projeto idealizado pelas ex-paquitas Tatiana Maranhão e Ana Paula Guimarães. A produção de cinco episódios, disponíveis todos de uma vez na plataforma, apresenta a trajetória das três gerações de pupilas da Xuxa, ao mesmo tempo em que traça um paralelo com os tempos atuais e as mudanças ocorridas na sociedade.
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Com roteiro de Paulo Mario Martins e direção de Ivo Filho, Pra Sempre Paquitas mergulha na vida e carreira das 29 garotas que acompanharam Xuxa nos palcos, uma história que começou em 1986, no Clube da Criança, na TV Manchete e terminou apenas em 2002 com o encerramento do Xuxa Park, na TV Globo.
Ao todo, são três grupos de meninas retratadas: as primeiras assistentes de palco da apresentadora – a chamada Geração Xou da Xuxa, responsável por cunhar o termo Paquitas e transformá-las em um grupo musical; as garotas que se juntaram à apresentadora a partir de 1995, na fase New Generation, quando todo o casting foi substituído; e a última composição feita entre os anos de 1999 e 2022, com o grupo Geração 2000 que marcou a despedida das paquitas no ar.
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“O desafio do ponto de vista do roteiro foi o de contar uma história que não tinha apenas uma protagonista. Só de paquitas eram 29, mais a Xuxa que, obviamente, tem um peso importante nessa história, além de outras pessoas ao redor. Mas acho que a gente deu conta”, contou Paulo Mario Martins na coletiva de imprensa da série.
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Quem aparece na série do Globoplay
Apesar de 29 histórias terem sido contadas, apenas 27 delas aparecem para depoimentos na série do Globoplay, já que Vanessa Melo e Diane Dantas, a Lady Di, como era conhecida, escolheram não participar do projeto.
“A gente contempla as duas [no documentário], mas elas realmente quiseram ser preservadas e não falar [sobre isso]. Elas preferem o anonimato”, destaca Ana Paula. “São duas pessoas queridíssimas, que a gente tem um amor e uma gratidão enormes. […] É mesmo uma questão delas, que seguiram profissões diferentes e preferem ficar mais reclusas. É só por uma questão de exposição”, complementa Tatiana.
Isso significa que todas as outras 27 paquitas brasileiras (veja lista abaixo), além de algumas paquitas chilenas e argentinas, e uma paquita uruguaia e peruana aparecem no documentário, que conta ainda com um trecho inédito da entrevista com a paquita americana, extraído de Xuxa, o documentário.
O reencontro se estendeu também até o Altas Horas, que no próximo sábado (7) exibe um programa especial sobre o projeto.
“Fizemos uma viagem de ônibus para fazer a celebração no Altas Horas e foi incrível. Cada uma no seu tempo, na sua idade… percebendo que, de geração para geração, a forma de ser paquita mudou. A gente falou muito sobre isso e foi muito bonito ver que todas as meninas amadureceram, cresceram, são bem resolvidas; ressignificaram suas dores e estão aí, lindas e iluminadas no documentário”, orgulha-se Ana Paula.
As 27 paquitas do documentário
- Ana Paula Almeida (Pituxita)
- Ana Paula Guimarães (Catu)
- Andréa Faria (Xiquita Sorvetão)
- Andrea Veiga (Paquita nº1)
- Andrezza Cruz (Bocão)
- Bárbara Borges (Babu)
- Bianca Rinaldi (Xiquita Bibi)
- Caren Lima (Chaveirinho)
- Catia Paganote (Miúxa)
- Daiane Amêndola (Docinho)
- Flávia Fernandes (Paquitita Pluft)
- Gabriella Ferreira (Paquita Perua)
- Gisele Delaia (Miss Queimados)
- Graziella Schmitt (Modelão)
- Heloísa Morgado (Paquita 2)
- Joana Mineiro (Jô)
- Juliana Baroni (Catuxa Jujuba)
- Lana Rhodes (Cabritinha)
- Letícia Barros (Lê)
- Leticia Spiller (Pituxa)
- Louise Wischermann (Pituxa Alemã)
- Monique Alfradique (Pastelzinho)
- Priscilla Couto (Catuxita Top Model)
- Roberta Cipriani (Xiquitita Surfista)
- Stephanie Lourenço (Teté)
- Tatiana Maranhão (Paquitita Loura)
- Thalita Ribeiro (Varetinha)
Um conto de fadas nem tão de fadas assim
Nem tudo, no entanto, são flores quando o assunto são os bastidores de um dos grupos mais aclamados da televisão brasileira. A série promete não ficar calada em relação aos dissabores da época e tratar, sem pudor, de temas como questões de gênero, pressão estética, competitividade e assédio.
“Eu acho que esse documentário traz o doce e o amargo, as glórias, o glamour e também a nossa resiliência, a nossa força.” conta Tatiana, que se tornou assistente da Xuxa aos 10 anos e hoje é assessora da Rainha dos Baixinhos. “Além de sermos meninas em uma sociedade machista na década de 1980, éramos crianças – meninas crianças – em uma sociedade ainda muito politicamente incorreta. E acho que isso está muito bem contextualizado ao longo do documentário.”
Ana Paula, que é também diretora artística da série, afirmou que desde o início houve uma grande preocupação do projeto não seguir apenas por um lado e mostrar também os problemas que não chegavam até o público.
“Não ficamos apenas naquele lugar do glamour, da personagem icônica que permeou o sonho de gerações. A gente quis humanizar e mostrar realmente como era nos bastidores, que eram muito felizes, muito alegres, mas tinham momentos em que cada uma tinha suas questões. E a gente contextualiza isso não só no nosso universo, mas abrange para a época, para a sociedade”, explica a ex-paquita.
Os cinco episódios de Pra Sempre Paquitas chegam em 16 de setembro ao Globoplay. Participam ainda da produção figuras muito envolvidas com a trajetória de Xuxa e das paquitas, como Adriana Bombom e as Irmãs Metralha, Mariana e Roberta Richard, mães de algumas integrantes, e Serginho Groisman, Fafi Siqueira e Ticiane Pinheiro.
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