A missão Polaris Dawn seria lançada em agosto, mas foi adiada devido a condições meteorológicas desfavoráveis. Quando for lançada, Jared Isaacman, Scott “Kidd” Poteet, Sarah Gillis e Anna Menon vão seguir em uma viagem de cinco dias na órbita da Terra, enfrentando os vários riscos envolvidos em missões espaciais. E o astrônomo Chris Impey, professor na Universidade do Arizona, explica quais perigos são estes. 

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Desde a década de 1960, mais de 700 pessoas foram ao espaço — hoje, Blue Origin, Virgin Galactic e outras empresas privadas planejam aumentar este número com voos espaciais turísticos. “No total, 30 astronautas e cosmonautas morreram enquanto treinavam para suas missões ou estavam nelas”, recordou Impey em uma publicação no The Conversation.

A NASA é marcada até hoje pelos desastres dos ônibus espaciais Challenger e Columbia, ocorridos em 1986 e 2003, respectivamente. Ambos se desintegraram, matando todos os astronautas que estavam a bordo. Não é sempre seguro nem mesmo no solo: em 1967, os astronautas da Apollo 1 morreram em um incêndio durante um teste da cabine de comando. 


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O ônibus espacial Challenger se desintegrou pouco após o lançamento (Imagem: Reprodução/NASA)

Eis que chegamos a 2020, década que inaugurou a era dos voos espaciais com civis. Desde a morte de Christa McAuliffe, professora escolar que estava na tripulação do Challenger, a NASA não enviou mais nenhum civil ao espaço. Mas empresas espaciais comerciais mudaram isso.

Polaris Dawn: quais são os riscos? 

Quando for lançada, a Polaris Dawn vai levar seus tripulantes a 700 km de altitude em uma cápsula Crew Dragon, mais alto do que qualquer outro voo espacial desde a era Apollo. “A tripulação civil de quatro pessoas da Polaris Dawn vai receber uma grande dose de radiação, sendo expostos em poucas horas à mesma quantidade que receberiam em 20 anos na Terra”, observou o especialista. 

A altitude vai permitir que a tripulação conduza pesquisas sobre ambientes com alta radiação. Eles vão analisar os efeitos do voo espacial no corpo humano, além de investigar como futuros astronautas podem diagnosticar doenças e se tratar enquanto viajam em missões no espaço profundo. 

Ainda, a missão vai incluir a primeira caminhada espacial já feita por civis. “Como a espaçonave que eles estão usando (a Dragon, da SpaceX) não tem câmara de descompressão, o interior da cápsula vai ficar exposto ao vácuo do espaço, com todos os membros da tripulação usando trajes espaciais”, acrescentou ele. Estes trajes nunca foram usados no espaço antes. 

Somente dois tripulantes da Polaris Dawn võ realizar a caminhada espacial, mas todos vão precisar vestir seus trajes (Imagem: Reprodução/SpaceX)

Por enquanto, o turismo espacial é acessível para aqueles com alto poder aquisitivo — por exemplo, no caso da Polaris Dawn, a missão foi idealizada e financiada pelo bilionário Isaacman, fundador da Shift4 Payments. Enquanto isso, um voo suborbital turístico da Virgin Galactic custa U$ 450 mil (aproximadamente R$ 2.506.957,58 na cotação atual). 

Voos espaciais ainda são perigosos, e para que se tornem possíveis também para aqueles que não são milionários, é essencial que se tornem seguros. “O problema é que o atual setor de turismo espacial não tem regulamentação governamental [de segurança] nem sua própria regulamentação”, observou Tommaso Sgobba, ex-diretor de segurança de voo da Agência Espacial Europeia (ESA), ao Space.com. “Eles também não têm nenhum registro histórico para provar que sua tecnologia é segura”, ressaltou.

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