A Agência Espacial Europeia (ESA) desorbitou com sucesso o primeiro dos quatro satélites Cluster. A espaçonave atravessou a atmosfera da Terra no domingo (8), executando com sucesso a primeira reentrada direcionada sobre o Pacífico Sul. 

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Segundo a ESA, a reentrada do satélite Cluster-2 (mais conhecido como “Salsa”) aconteceu sobre o oceano, na região a oeste do Chile, às 15h47 no horário de Brasília. A área foi escolhida para o procedimento para minimizar os riscos de qualquer fragmento do satélite sobreviver ao processo. 

Dizemos que esta foi a primeira reentrada “controlada” porque, desta vez, a ESA controlou o horário e o local em que o processo iria acontecer, ao invés de simplesmente deixar o satélite atravessar a atmosfera de forma imprevisível sobre alguma região com maior densidade populacional. 


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O processo foi possível porque o satélite se movia em uma órbita altamente elíptica, necessária para que o Salsa — e os demais satélites da constelação — estudassem a magnetosfera da Terra. “Em uma órbita circular, não podemos fazer este tipo de reentrada direcionada que realizamos aqui”, explicou Benjamin Bastida-Virgili, engenheiro de sistemas de detritos espaciais na ESA.

 

Em sua órbita, o Salsa se movia de 100 km de altitude a mais de 130 mil km. Isso mudou em janeiro, quando a espaçonave realizou uma manobra que o deixou à altitude de 80 km e finalmente permitiu que as equipes da ESA controlassem onde o dispositivo seria capturado pela atmosfera para ser queimado.

“A reentrada do Salsa sempre foi de risco muito baixo, mas queríamos ultrapassar os limites e reduzir ainda mais a ameaça, demonstrando nosso compromisso com a abordagem Zero Debris da ESA”, explicou Rolf Densing, diretor de operações da ESA, em um comunicado. Em sua fala, ele se referiu ao objetivo de reduzir os detritos das missões da ESA a zero até 2030 por meio de diferentes medidas, incluindo a desórbita das espaçonaves que concluíram suas missões.

A reentrada direcionada forneceu também uma oportunidade de pesquisa para a ESA, em que cientistas viajaram em uma aeronave para tentar observar o processo. Deu certo: no domingo (9), a agência publicou uma foto tirada do avião, mostrando os satélite como um pontinho brilhante durante a reentrada.

Satélite Salsa fotografado durante a reentrada (Imagem: Reprodução/ESA/ROSIE/University of Southern Queensland)

Bastida-Virgili disse que o avião contou com 16 instrumentos para acompanhar a reentrada. “Vamos entender melhor o que está acontecendo nessa reentrada, como o satélite queima, o que está queimando, em que momento e em que altitude”, disse ele. Essas informações vão ajudar a refinar os modelos do rompimento do satélite.

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