Fiat Pulse e Fastback híbridos devem chegar ao Brasil em novembro

Primeiros SUVs compactos da Fiat no Brasil, Pulse e Fastback estrearam há pouco mais de 2 anos, depois iniciaram a divisão de performance Abarth no país e entraram na lista de mais vendidos. Agora, devem vir em versões com tecnologia híbrida flex da Stellantis na linha 2025, com anúncio no próximo mês de novembro.

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A informação é do jornalista Jorge Moraes, que aponta essa apresentação como marco inicial do plano da Stellantis de ter quatro diferentes estágios de eletrificação de seus produtos no Brasil.

De fato, Pulse e Fastback podem ganhar configuração com sistema híbrido leve, que alinha motor flex com bateria de 48V e alternador, permitindo não só redução de consumo de combustível e menor emissão de poluentes, como adicionando torque e até potência para momentos de ultrapassagens ou retomadas.

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Com essa configuração, a Stellantis estaria confiante em reduzir os índices de poluentes em até 90%.

A escolha de Pulse e Fastback para receberem essa versão híbrida parte da importância de mercado da dupla: o SUV-cupê é 7º colocado entre utilitários-esportivos neste ano (31.792 emplacamentos, segundo Fenabrave), enquanto o irmão mais velho Pulse surge em 11º (25.316 unidades).

Fiat Pulse é 11º SUV na lista de emplacamentos (Foto: Divulgação/Fiat)

Betim (MG) recebeu R$ 14 bilhões de investimento

Desde o final de 2023, a Stellantis tem anunciado diferentes passos de seu plano completo de eletrificação para carros no Brasil. Em apresentação, a empresa controladora de marcas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën confirmou que vai focar no desenvolvimento de modelos híbridos flex, com forte aposta no etanol para a diminuição dos níveis de emissão de CO².

No começo de 2024, ficou definido que o aporte de R$ 14 bilhões para a fábrica de Betim (MG), unidade que produz o Pulse desde o final de 2021, bem como o Fastback desde setembro de 2022, além das versões esportivas da Abarth desde 2023.

Para a entrega, a capacidade de produção será expandida para até 1,1 milhão de motores por ano. Segundo a marca, a ideia para o ciclo é que haja o lançamento de 40 novos produtos, 8 powertrains e o desenvolvimento das novas tecnologias Bio-Hybrid, tecnologias inovadoras de descarbonização em toda a cadeia de suprimentos automotivos.

Esse é um dos 4 projetos de eletrificação a serem desenvolvidos no Brasil (Foto: Felipe Ribeiro/)

Eletrificação em 4 fases

Contando o híbrido leve (ou Bio-Hybrid para a Stellantis), o plano contempla um total de 4 níveis de eletrificação, que podem ser usados em modelos maiores e mais caros.

O sistema e-DCT usa motor elétrico acoplado ao câmbio. Por sua vez, o Bio-Hybrid Plug-in (PHEV) traz bateria de íons de lítio, além de arquitetura elétrica de 380 volts, em combinação com motor a combustão flex.

Algo similar, mas de origem europeia, é visto no Jeep Compass 4xe.

Acima destes fica o projeto 100% elétrico a bateria (BEV), com arquitetura de 400V, que também seria empregado em modelo nacional. Por ora, a Stellantis vende modelos como o Fiat 500e e já teve o Peugeot e-208 GT, ambos importados da Europa.

No total, o plano de investimentos da Stellantis é de R$ 32 bilhões e pretende fazer do Brasil origem de modelos eletrificados das diferentes marcas, entre 2025 e 2030.

A previsão inicial da Stellantis era de começar a anunciar os carros equipados com motores híbridos no segundo semestre de 2024, o que coincide com a apresentação de Pulse e Fastback em novembro.