O mercado de smartphones busca constantemente a próxima grande novidade e, nos últimos anos, uma categoria tem se destacado: os smartphones dobráveis, com suas versões flip ou fold. Engatinhando em 2019 com o lançamento do Royole FlexPai, o segmento, antes nicho, vem ganhando cada vez mais espaço e a atenção do consumidor.
- O que é 5G RedCap e como ele deve impulsionar a disseminação da IoT
- O que são os LLMs e por que se tornaram tão importantes?
- IA e Wi-Fi 7: uma dupla com potencial para revolucionar o acesso à internet
- Vem aí os GenAI smartphones
O mercado global de smartphones dobráveis está em rápida expansão. A IDC prevê que as remessas de dispositivos dobráveis alcancem 25 milhões em 2024, um aumento de 37,6% em relação aos 18,1 milhões em 2023. Até 2028, espera-se que o total de remessas atinja 45,7 milhões de unidades, refletindo um crescimento anual composto de 20,3% entre 2023 e 2028. Este crescimento robusto destaca o crescente interesse e aceitação por essa tecnologia inovadora.
E por que esse mercado cresce? A resposta está na convergência de fatores. Os dispositivos dobráveis oferecem duas vantagens principais: a capacidade de rodar vários apps multitarefa e ter isso em uma tela expandida. Isso permite gerenciar várias aplicações simultaneamente sem comprometer o desempenho e o tamanho das janelas.
–
Entre no Canal do WhatsApp do e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
–
A portabilidade é outro ponto positivo. Embora tenham telas grandes (ou pelo menos do tamanho de um smartphone normal, no caso dos modelos flip), esses dispositivos são facilmente transportáveis devido ao seu design dobrável, oferecendo conveniência sem sacrificar a funcionalidade.
Um exemplo disso é o Moto razr 50, aparelho flip que traz um display principal de 6.9 polegadas FHD+ pOLED, uma tela externa de 3.63 polegadas pOLED e pesa 188 gramas. Sua tela externa faz com que, mesmo sem abrir o celular, o usuário possa utilizar a ferramenta de inteligência artificial do Google, o Gemini, além de permitir a troca de mensagens ou o gerenciamento de outros aplicativos. Fechado ele mede apenas 7,3 x 8,8 x 1,55 cm, enquanto aberto ele fica com 7,3 x 17,1 x 0,7 cm e “ganha” uma tela semelhante ao display dos smartphones normais.
Já para quem quer ter uma tela gigante no seu celular, a Tecno lançou recentemente o Phantom V Fold 2, um aparelho parrudo, que além de oferecer 12 G de RAM, armazenamento interno de 512 GB e vários recursos voltados para inteligência artificial, se destaca por exibir quando aberto uma tela digna de tablet, com 7,8 polegadas. Aberto ele tem 14,3 x 15,9 x 0,6 cm, com 7,2 x 15,9 x 1,1 quando fechado.
A tela grande é uma vantagem, mas, com ela, também é necessário mais desempenho e também duração de bateria. E então entram em cena os processadores, como o Dimensity 7300X, que é projetado para atender às necessidades específicas dos smartphones dobráveis. Fabricado com tecnologia de 4 nanômetros, o chipset oferece eficiência energética e desempenho adequado para dispositivos com telas dobráveis. E a tecnologia MediaTek MiraVision 955 melhora a qualidade de tela com resolução WFHD+ e cores de 10 bits.
Com o mercado global de smartphones dobráveis projetado para crescer significativamente nos próximos anos, é evidente que essa tecnologia está se consolidando como uma tendência de longo prazo. Para acompanhar essa evolução, a indústria precisa adaptar suas ofertas e inovar continuamente em tecnologias que atendam às expectativas dos consumidores, e aproveitar as oportunidades desse mercado. O futuro dos smartphones está “dobrando” e expandindo. E a indústria precisa estar à altura desse desafio.
*Samir Vani é diretor de desenvolvimento de negócios da MediaTek para a América Latina
Leia mais matérias no ItechNews .