O Banco Central do Brasil confirmou o início da segunda fase de testes do piloto do Drex, o Real Digital, na última segunda-feira (23). Ao todo, treze temas envolvendo transações digitais foram escolhidos para a nova fase de experimentos pelo Comitê Executivo de Gestão do Drex (CEG) e devem ser desenvolvidos a partir das próximas semanas.
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O objetivo da nova fase, segundo o BC, é testar a implementação de serviços financeiros por contratos inteligentes, que seriam criados e gerenciados pelas empresas participantes.
“Vamos avaliar os diferentes casos de uso, sempre levando em conta os requerimentos de privacidade exigidos pela legislação em vigor. Também iremos testar o uso de ativos não regulados pelo BC. Para isso, estamos trabalhando em conjunto com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM)” detalhou o Coordenador do Drex e Consultor do Departamento de Operações Bancárias e Sistema de Pagamento do Banco Central, Fabio Araújo.
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Os 13 temas escolhidos na segunda fase do piloto do Drex
Estes são os temas selecionados para a nova fase e as respectivas empresas por trás de cada projeto:
- Cessão de recebível: ABC e Inter
- Crédito colateralizado em CDB: BB, Bradesco e Itaú
- Crédito colateralizado em títulos públicos: ABBC, ABC e MB
- Financiamento de operações de comércio internacional (Trade Finance): Inter
- Otimização do mercado de câmbio: XP-Visa e NuBank
- Piscina de liquidez para negociação de títulos públicos: ABC, Inter e MB
- Transações com Cédula de Crédito Bancário (CCB): ABBC
- Transações com debêntures: B3, BTG e Santander
- Transações com ativos do agronegócio: TecBan, MB e XP-Visa
- Transações com créditos de descarbonização (CBIO): Santander
- Transações com automóveis: B3, BV e Santander
- Transações com imóveis: BB, Caixa e SFCoop
- Transações com ativos em redes públicas: MB
Cada tema será desenvolvido dentro de um ambiente específico do Drex, dedicado a discussões entre reguladores e empresas participantes.
O que é Drex?
O Drex é uma moeda 100% digital desenvolvida pelo Banco Central do Brasil com o mesmo valor corrente do Real. A diferença para a moeda física é de que o Drex pode ser usado em transações tokenizadas no ambiente virtual, o que pode facilitar grandes pagamentos nesta estrutura.
A intenção do BC é de que o Real Digital seja uma alternativa para transações e serviços financeiros feitos com contratos inteligentes, mediados por bancos e outras instituições de pagamentos e protegidos por tecnologia de registro distribuído.
O cronograma original de lançamento do Drex atrasou, mas a previsão é de que a estrutura da moeda comece a operar a partir de 2025. Em setembro de 2023, Banco do Brasil e Caixa fizeram a primeira transferência entre bancos públicos brasileiros pelo Drex, enquanto o próprio BB confirma que já testa a tecnologia internamente.
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