A DC Comics finalmente olhou para seus próprios grande sucessos do passado, e, em vez de seguir tentando seduzir um público que não se importa, a editora se ligou que basta atualizar e brincar com as melhores ideias de seu ecossistema transmídia para atrair seus leitores fieis e deixar que as novas gerações busquem naturalmente suas histórias. E a nova Liga da Justiça dos quadrinhos tem tudo para ser sua versão suprema.

Atenção para spoilers de DC All In Special #1!

Tanto a Marvel Comics quanto a DC Comics parecem ter aprendido a melhor forma de superar a “Fadiga dos Super-Heróis”, que não é exclusividade dos filmes e séries atuais, pois atingiu o setor de quadrinhos bem antes, nos anos 1990. Depois de tanto insistir em retcons irritantes e reboots caça-níqueis, ambos compreenderam que basta manter suas criações em movimento. 


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As histórias devem realmente mostrar uma cronologia narrativa com as consequências dos conflitos e decisões que resultem no desenvolvimento de seus personagens e temas. É só contar as coisas que gostávamos de ler quando mais jovens, e não o que achamos que os mais novos vão curtir.

E a melhor forma de exemplificar isso é resgatar o histórico recente da trajetória da Liga da Justiça, até o ponto atual. Bem, depois da bobagem que foi o reboot Novos 52, a DC Comics passou o restante dos anos 2010 para encontrar um fio de meada para escalar as derrotas e decisões erradas de seus heróis até o ponto em que a situação ficou crítica. 

O Senhor Incrível e o Superman apresentar o “Monte Olimpo” da Liga da Justiça, o satélite Torre de Vigilância (Imagem: Reprodução/DC Comics)

A Liga da Justiça passou por dificuldades sem precedentes depois de sofrer nas mãos de vampiros, e em seguida ser aprisionada em um mundo de sonhos, para ser inteiramente assassinada aos olhos dos cidadãos do globo em Crise Sombria nas Infinitas Terras. E, agora, neste mês, todos os heróis chegaram a perder seus poderes em uma ofensiva brutal de Amanda Waller, que por pouco não transformou o planeta em um regime totalitário completamente contra os meta-humanos.

A lição foi aprendida de forma até humilhante, e os veteranos tiveram que baixar a cabeça e calçar as sandálias da humildade para ver a ascensão do Asa Noturna como grande líder dos Titãs e também de uma Liga da Justiça toda fraturada. E aí chegamos às grandes mudanças anunciadas na semana passada, com o lançamento da nova fase e de um novo universo recorrente na iniciativa chamada DC All In.

Liga do Satélite

Se você perguntar para um leitor veterano da Liga da Justiça qual foi a melhor formação e fase do grupo, há chances enormes de ele responder que foi a “Liga do Satélite”. Essa fase, comandada por Denny O’Neal nos começo dos anos 1970 estabeleceu vários parâmetros, diretrizes, designs e dinâmicas de equipe e designs, com desenhos de Dick Dillin.

Essa versão também ficou popular porque o desenho Superamigos usou-a como referência, e, para muitos, é a mais clássica e atemporal de todas as formações, temas e tom de histórias do grupo. “Mas onde foi parar a Torre de Vigilância que ficava a quase 360 mil quilômetros de altitude em relação ao solo estadunidense, em uma órbita fixa?”

Pois bem, essa peça icônica que chegou a aparecer em Justice League Animated nos anos 1990, também foi vandalizada por péssimas decisões dos criadores em mais um reboot medíocre dos anos 2000, em Crise Infinita, de 2005. O último QG da Liga da Justiça foi a Sala da Justiça, que até ecoava um certo saudosismo do desenho dos Superamigos, mas foi tomada por Amanda Waller na recente saga Absolute Power.

Eis que a nova versão da Torre de Vigilância foi apresentada em DC All In Special #1, lançada na semana passada. Apresentada pelo Superman, “a maior base de todos os tempos” da Liga combina magia e tecnologia em vários recursos, em Tubos de Explosões para transporte rápido e comunicações configuradas pela Oráculo Barbara Gordon e por um sistema de segurança liderado pelo Questão.

“A maior Liga de todos os tempos”

E, para completar, a Liga da Justiça também introduziu os cartões de membro, que servem como símbolo oficial de filiação, concedendo aos portadores acesso à Torre de Vigilância. O Senhor Incrível foi nomeado como o maior líder interno, criando esses cards personalizados para aprimorar as habilidades individuais de um herói e combiná-las estrategicamente com outros cujos poderes complementam os seus.

Superman também explica que agora a “maior Liga de todos os tempos” vai utilizar todos os heróis da Terra e as tecnologias mais avançadas da WayneTech, Steelworks, Queen Industries e TerrificTech. Todos esses recursos estarão combinados com magia e estruturas alienígenas kryptonianas e thanagarianas alimentadas pela Força de Aceleração dos Flash. Tudo isso só se mantém coeso graças às complexas arquiteturas criadas a partir da luz sólida dos mais poderosos construtos forjados pela Força de Vontade dos Lanternas Verdes.

Sim, o grupo agora tem dinâmica parecida com Liga da Justiça Sem Limites das animações (Imagem: Reprodução/DC Comics)

As cartas de identificação foram abençoadas pela Mulher-Maravilha com magia e forças divinas de reinos além da Terra. E a cereja do bolo: a partir de agora, a Liga da Justiça não terá mais uma formação de sete membros, e sim vários núcleos de heróis que se juntam ou reagrupam de acordo com as particularidades de cada missão.

Isso te lembra de algo? Sim, além da volta da Torre de Vigilância em versão turbinada, a nova “Liga do Satélite” terá a dinâmica das melhores adaptações da equipe: a da aclamada animação Liga da Justiça Sem Limites. O futuro não poderia ser mais promissor para os heróis da DC.

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