Durante a última semana, todas as atenções se voltaram a dois assuntos: o furação Milton e a aparição de auroras boreais em vários lugares do mundo. Além disso, também foram anunciadas novas descobertas do universo distante, envolvendo galáxias estranhas e buracos negros. 

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Confira abaixo as principais notícias astronômicas da semana.


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O momento que a tempestade Milton se transforma em furacão

O furacão Milton chegou ao Golfo do México e rapidamente se intensificou, passando de Categoria 1 para Categoria 5 em apenas 24 horas. O satélite da NOAA registrou imagens impressionantes mostrarando essa rápida intensificação, destacando a força da tempestade.

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Uma publicação compartilhada por Cooperative Institute for Research in the Atmosphere (@cira_csu)

Por falar no furacão, os astronautas da missão Crew-8 tiveram que permanecer na Estação Espacial Internacional (ISS) até este domingo (13) devido à chegada do Milton. Inicialmente, o retorno estava agendado para segunda-feira (7), mas a NASA adiou os planos devido aos perigos que o fenômeno oferece. 

Enquanto isso, um desses astronautas publicou um vídeo incrível mostrando como é o furação Milton visto do espaço.

 

As auroras boreais ao redor do mundo

Uma tempestade geomagnética forte atingiu a Terra nesta quinta (10), gerando auroras boreais espetaculares. A tempestade atingiu o nível G4, abaixo do nível G5 esperado, mas ainda assim proporcionou vistas deslumbrantes.

Os astronautas da Crew-8 também aproveitaram o espetáculo e registraram as auroras vistas do espaço.

O buraco negro assiassino de galáxia

O Telescópio Espacial James Webb detectou um vento galáctico do quasar Pōniuāena, e revelou que o fenômeno inibe a formação de novas estrelas na galáxia hospedeira. Com a descoberta, este quasar é agora o mais antigo já observado com um vento do tamanho de uma galáxia.

Este “vento” é na verdade um fluxo de gases e poeiras formadores de estrelas, gerado pela atividade de um buraco negro supermassivo no centro do quasar. Ao empurrar esse material para longe, a galáxia fica impossibilitada de formar uma quantidade maior de estrelas.

Conceito artístico do quasar Pōniuāena (Imagem: Reprodução/International Gemini Observatory/NOIRLab/NSF/AURA/P. Marenfeld)

A galáxia hospedeira do Pōniuāena é rica nesses gases e poeira, formando estrelas a uma taxa de cerca de 80 a 250 “sóis”. Contudo, a imagem detectada pelos astrônomos é de 13 bilhões de anos atrás, então o buraco negro já pode ter incapacitado a formação de estrelas.

A galáxia avançada demais para seu tempo

Astrônomos descobriram que a galáxia REBELS-25, semelhante à Via Láctea, é mais misteriosa do que os astrônomos imaginavam: ela possui o disco em rotação mais distante e antigo já observado.

Seus braços espirais são semelhantes aos de galáxias modernas, mas a galáxia foi vista como era 700 milhões de anos após o Big Bang, um período em que se esperava que as galáxias fossem pequenas e sem estrutura definida.

Imagem com a distribuição de gás frio na galáxia (Imagem: Reprodução/ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/L. Rowland et al)

Os astrônomos não têm certeza como galáxias primordiais como a REBELS-25 desenvolveram formas contemporâneas tão cedo no universo.

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