Cientistas brasileiros do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) desenvolveram uma pele artificial, em um feito inédito no país. O órgão foi criado por meio de uma impressora 3D e recebeu destaque na renomada revista científica britânica Nature

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Publicado na segunda-feira (11), o estudo traz detalhes do desenvolvimento da pele, chamada de Human Skin Equivalent with Hypodermis (Equivalente à Pele Humana com Hipoderme, em tradução livre). Ao todo, o processo de fabricação leva cerca de 18 dias.

Além dos pesquisadores do CNPEM, especialistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade do Porto contribuíram para a análise dos dados e otimização das técnicas de bioimpressão.


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A inovação visa reduzir os testes em animais e proporcionar melhor assistência a pessoas queimadas ou feridas. Por ter características muito similares às da pele humana, o material pode ser usado em estudos de diversas doenças, além ser aplicado para tratamentos e teste de medicamentos.

O primeiro deles, já em andamento com pesquisadores da Holanda, analisa características de pele de diabéticos, cuja cicatrização é complicada e apresenta risco elevado para amputações de membros inferiores.

O tecido desenvolvido é inovador por possuir uma camada de hipoderme. (Reprodução/Divulgação/CNPEM)

“A inclusão da hipoderme não apenas replica a arquitetura da pele humana, mas também permite o estudo aprofundado de processos biológicos de forma mais precisa e ética”, destacou em comunicado a coordenadora do estudo Ana Carolina Figueira, do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) do CNPEM.

Essa estrutura de pele proporciona resultados mais próximos da fisiologia humana, o que representa um avanço significativo para o setor farmacêutico e de cosméticos.

Os cientistas se dedicam a essa pesquisa desde 2021 e já desenvolveram outros tecidos. Entre eles, um utilizado como curativo para recuperação de áreas lesionadas em corações de pessoas infartadas.

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