De Lisboa, Portugal — A competição de startups do Web Summit Lisboa premiou um projeto dos donos da casa: o troféu do pitch ficou com a empresa portuguesa Intuitivo, que desenvolve soluções para professores para facilitar a criação e a correção de provas escolares. Ao todo, 105 startups de todo o mundo participaram do desagio e o pódio final ainda contou com mais duas iniciativas dos Estados Unidos (veja detalhes abaixo).
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Representada pelo CEO, João Guimarães, a startup Intuitivo foi fundada na cidade de Porto, com o objetivo de automatizar tarefas e agilizar o trabalho dos profissionais da educação. Para isso, criou uma plataforma para facilitar a criação de provas — é possível navegar em uma base de dados para encontrar conteúdo pronto, feito por outros profissionais da área, ou criar o próprio teste com base no acervo online da plataforma.
Após a aplicação, o próprio sistema consegue corrigir as avaliações automaticamente e criar feedback personalizado. “Fizemos da nossa missão ajudar os professores a se tornarem mais produtivos para que eles possam se concentrar em seu verdadeiro propósito: ensinar”, explicou Guimarães.
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O CEO destacou que a ferramenta é capaz de promover uma economia de 40% no tempo gasto para estas tarefas e ainda confirmou que exames nacionais portugueses vão usar a tecnologia. O modelo cobra uma taxa mensal de €5 (cerca de R$ 30 em conversão direta) por professor em cada escola e ainda possui uma assinatura premium para profissionais individuais.
Em menos de dois anos, a iniciativa já chegou a mais de 40 mil usuários em Portugal, com receita recorrente anual de €300 mil (cerca de R$ 1,8 milhão). A única empresa portuguesa da final do pitch foi recebida com muita festa pelo público local e coroada campeã no evento.
Conheça os outros finalistas
A grande final foi disputada pela Intuitivo, de Portugal, e pelas startups GovGPT e Scoutz, ambas dos Estados Unidos.
O GovGPT desenvolve coletes que usam IA de visão computacional e consciência sensorial para polícia e Corpo de Bombeiros. O produto já é oferecido com câmeras corporais acopladas à vestimenta e conta com visão 360º, além de ter sensores táteis que podem identificar ameaças ao redor e vibrar para alertar o usuário — quase como um “sensor aranha” do Homem-Aranha.
O objetivo da startup, segundo o CEO, Raj Abhyanker, é identificar ameaças rapidamente e trazer informações ao indivíduo para combatê-las o quanto antes, mesmo quando ele estiver de costas para o possível problema.
Já a Scoutz desenvolve um software focado em conectar técnicos e jogadores de basquete para ajudar no recrutamento de novos atletas. O CEO e ex-jogador, Antonio Depina, explicou que a tecnologia pode funcionar como um agente para o atleta, conectando-o a possíveis equipes e bolsas de estudos universitárias, e como um analista de desempenho para os técnicos, trazendo dados aprofundados de jogadores que nem sempre passariam pelo radar dos times.
O projeto já tem mais de 10 mil atletas cadastrados e possui uma parceria com duas equipes da G-League, a liga de desenvolvimento da NBA (principal liga de basquete dos EUA).
Com colaboração de André Magalhães
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