O LignoSat, o primeiro satélite de madeira da agência espacial japonesa JAXA, já foi liberado na órbita da Terra. A espaçonave foi liberada da Estação Espacial Internacional (ISS) em dezembro junto de outros quatro CubeSats, e pode ajudar os cientistas a avaliar o uso da madeira como uma alternativa mais sustentável aos materiais convencionais.
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Para descobrir qual seria a madeira mais adequada para o satélite, pesquisadores deixaram três espécies de madeira expostas ao ambiente espacial. No fim, eles concluíram que a magnólia honoki era a ideal, e a usaram em painéis de madeira de 10 cm instalados no satélite.
Nos próximos passos, os cientistas do projeto vão usar sensores para analisar a tensão na madeira durante a missão e medir suas respostas à temperatura e radiação no espaço. Eles também devem monitorar os níveis geomagnéticos para investigar se o campo geomagnético pode atravessar os componentes de madeira do satélite e afetar seus recursos tecnológicos.
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“Embora alguns possam achar que a madeira no espaço parece contraintuitiva, os pesquisadores esperam que esta investigação demonstre que um satélite de madeira pode ser mais sustentável e menos poluente do que os satélites convencionais”, comentou Meghan Everett, cientista-chefe adjunta do programa da ISS da NASA, em uma coletiva de imprensa em novembro.
É que os satélites convencionais são feitos principalmente de alumínio, mas o problema surge quando chegam ao fim das suas missões: ao reentrarem na atmosfera da Terra, estes satélites são queimados e geram óxidos de alumínio, composto que pode afetar a camada de ozônio.
E é aqui que entram os satélites de madeira, como o LignoSat. No caso, a substituição do alumínio por madeira de magnólia iria evitar que compostos poluentes fossem lançados à atmosfera. Assim, esta análise do uso da madeira no espaço pode ajudar os cientistas a encontrarem soluções mais sustentáveis para missões futuras.
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