Em resposta à União Europeia, o Google informou que não vai integrar verificação de fatos nos resultados de busca e nos vídeos do YouTube. As informações foram compartilhadas pelo portal Axios nesta quinta-feira (16) após ter acesso a uma cópia de um documento interno.
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A carta foi assinada pelo presidente de assuntos globais do Google, Kent Walker, e enviada para as autoridades do bloco em relação às exigências de uma norma do bloco.
Até então, o Código de Práticas de Desinformação (em tradução livre) previa apenas ações voluntárias. Contudo, a norma está em processo de formalização dentro da Lei de Serviços Digitais (DSA), o que tornaria as medidas obrigatórias.
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Entre as medidas esperadas, está a implantação das verificações nos resultados do buscador e nos vídeos publicados no YouTube.
Também seria necessário implantar um sistema de análise das informações que impacte nos sistemas de ranqueamento e algoritmos, segundo o portal.
A empresa, no entanto, disse na carta que o Código de Práticas de Desinformação “simplesmente não é apropriado ou eficaz” para os seus serviços e que não iria se comprometer com a norma da União Europeia.
Ainda no documento compartilhado pelo portal, o executivo afirma que o modelo de moderação de conteúdo do Google funciona, exemplificando as ações durante as eleições, e destacou o sistema de notas da comunidade no YouTube como um serviço com “potencial significativo”.
A empresa também afirmou na carta que “se retirará de todos os compromissos de verificação de fatos do Código antes que ele se torne um Código de Conduta do DSA” e que dedicará o foco às práticas atuais de moderação de conteúdo.
Procurado pelo , o Google não se manifestou sobre o assunto até o momento da publicação. A matéria será atualizada caso a empresa se posicione a respeito.
Meta encerra fact checking
O posicionamento do Google à União Europeia acontece poucos dias após a Meta abandonar o fact checking em suas redes sociais.
No último dia 7, o CEO Mark Zuckerberg anunciou que a empresa iria abandonar o programa de checagem de fatos, aplicado em suas plataformas desde 2016. No lugar, o Instagram, Facebook e Threads teriam notas da comunidade, similar ao X (ex-Twitter) de Elon Musk.
Outras mudanças na moderação de conteúdos também foram anunciadas na ocasião.
O caso repercutiu entre autoridades de vários países. No Brasil, a Meta chegou a receber questionamentos da Advocacia Geral da União (AGU). A empresa também pode enfrentar problemas na União Europeia após o fim da checagem de fatos.
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