A Apple demitiu um total de 614 funcionários nos últimos dias. A big tech comunicou esses layoffs no fim de março, seguindo uma legislação trabalhista americana que exige que os casos de demissão em massa sejam relatados. O estado da Califórnia aprovou o comunicado nesta quinta-feira (4).
Os locais de trabalho dos demitidos mostram que a maior parte deles, 371 empregados, estavam na divisão responsável pelo Projeto Titan, codinome dado ao setor que desenvolvia o carro elétrico e autônomo da Apple.
Estes 371 funcionários trabalhavam no escritório da empresa em Santa Clara, na Califórnia. Segundo a Bloomberg, este projeto empregava em torno de 2.000 empregados.
A big tech cancelou o Apple Car (nome dado pela imprensa ao produto) em fevereiro. Na época, o jornalista Mark Gurman, da Bloomberg, informou que a empresa já estava realocando alguns funcionários para outras áreas — principalmente inteligência artificial.
Divisão de telas também sofre com demissões
Dos 614 empregados demitidos, 87 trabalhavam no prédio da Apple que desenvolve a nova geração de displays para seus acessórios. A proposta da big tech em produzir uma nova tela era ganhar espaço em um setor dominado pela Samsung.
Entre a área de atuação desse setor está o desenvolvimento de painéis microLED. A Apple tem planos de utilizar essa tecnologia em seus Apple Watches. No fim de março, dias antes de enviar o comunicado de demissão em massa, Mark Gurman publicou que empresa cancelou os planos de produzir telas microLED por conta própria — e rumores falam que o Apple Watch com esses displays foram adiados para 2027.
O motivo para a Apple desistir da fabricar telas microLED “em casa” foram o alto custo de produção e dificuldades de engenharia e fornecimento. A tendência é que o Apple Watch utilize displays fabricados por velhas conhecidas de seus produtos: LG e Samsung — além, é claro, de fornecedoras da China, como a BOE.
Com informações: Bloomberg e TechCrunch
Apple demite 600 funcionários da divisão do Apple Car e telas