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Vendas da Apple estão paradas nos últimos meses, indicam pesquisas publicadas recentemente (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Enquanto o mercado de celulares cresce globalmente, registrando um aumento de 6% nas vendas no último trimestre, o resultado da Apple estagnou. Essas informações foram publicadas por duas pesquisas de duas empresas diferentes, a IDC e a Counterpoint — especializadas em análise de mercado. Além de empacar nas vendas, a Apple perdeu market share no segmento de celulares.

A IDC aponta que a big tech teve um crescimento de 1,5% durante o segundo trimestre (Q2) de 2024. No Q1, segundo outra pesquisa da IDC, a Apple teve uma queda de 9,6% nas vendas (valores comparados com o mesmo período de 2023). Assim, o resultado do primeiro semestre da empresa não foi bom — pelo menos quando falamos sobre vendas de celulares.

A Samsung, pela pesquisa do IDC, teve uma queda nas vendas no Q2 (0,7%). Porém, a sul-coreana teve um primeiro trimestre positivo. Isso se deve pelo fato de lançar novos modelos da linha Galaxy S e alguns celulares Galaxy A nos primeiros meses do ano.

Galaxy Z Fold 4 tem chip Snapdragon 8 Plus Gen 1; o iPhone 14 Pro tem um Apple A16 Bionic (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)
Samsung e Apple tiveram um Q2 fraco, mas sul-coreana teve um primeiro trimestre forte que compensou estagnação (Imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Já a pesquisa da Counterpoint indica que houve uma queda de 1% nas vendas dos iPhones. Em comum com o estudo da IDC, a Counterpoint mostra que houve queda na fatia de mercado da Apple. As duas empresas registraram números parecidos sobre as vendas de celulares no mundo: a IDC aponta crescimento de 6,5% contra 6% da Counterpoint.

Tanto a IDC quanto a Counterpoint citam que a estagnação das vendas da Apple está ligada ao crescimento de marcas chinesas e a chegada das IAs aos celulares. A big tech cresceu na Europa, América Latina e teve um trimestre fraco nos Estados Unidos, mas houve queda na China. A Xiaomi e a Huawei ampliaram suas vendas na China, aproveitando as restrições ao iPhone em repartições públicas e o 18 de junho (conhecido por 618), data em que ocorre um dos maiores dias de promoções no país asiático.

Primeiro semestre ruim, mas alta expectativa para o segundo

Craig Federighi, VP de engenharia de software da Apple, anunciando o Apple Intelligence
Apple Intelligence é a IA generativa dos iPhones; tecnologia será diferencial na disputa das fabricantes (Imagem: Reprodução/Apple)

Se os dois primeiros trimestres foram fracos, a previsão é que a Apple feche o ano com resultados fortes. A IDC aponta que o anúncio do Apple Intelligence pode embalar as vendas dos iPhones. O recurso é a resposta da Apple para o Galaxy AI e Gemini, IAs generativas presente nos celulares da Samsung e Google.

Essa previsão da IDC também é compartilhada pela Apple. Segundo a Bloomberg, a big tech comunicou a fornecedores e parceiros comerciais que espera vender 90 milhões de unidades do iPhone 16 até o fim do ano — 10% a mais do que as vendas do iPhone 15. É especulado que a série iPhone 16 seja lançada no dia 16 de setembro.

Historicamente, o último período do ano é o que traz os melhores números para a Apple. A big tech lança seus novos smartphones, atualiza o sistema operacional (que pode levar usuários com modelos antigo a trocarem seus celulares) e aproveita duas grandes datas: Black Friday e Natal.

Com informações: Bloomberg e 9to5Mac

Apple empaca enquanto mercado de celulares cresce no mundo