Jensen Huang, CEO da Nvidia, saiu em defesa do preço da GeForce RTX 5090, a nova placa de vídeo ultra premium da empresa. Em entrevista ao site Yunze, Huang destaca que a GPU é voltada para o público entusiasta, que está disposto a pagar caro pelo melhor produto possível. A RTX 5090 foi lançada no início de janeiro com o preço sugerido de US$ 1.999 (R$ 20.000 no Brasil) — US$ 1.000 a mais que a RTX 5080, GPU um nível abaixo.
CEO da Nvidia reconhece preço caro, mas justifica
Apesar de defender a precificação, Huang reconhece que não é barata. Contudo, o fundador da Nvidia lembra que quem busca a RTX 5090 tem um computador com outros hardwares topos de linha.
“Você [gamer com PC topo de linha] provavelmente já investiu em torno de US$ 10.000 (R$ 60.000) no monitor e sistema de som. Esse PC definitivamente precisará da melhor GPU”, disse Huang. Resumindo, o CEO entende que o público que quer essa GPU entende que o preço de ter o melhor é elevado.
Huang só não defendeu o consumo energético de 575 W e recomendação de fonte de 1.000 W da RTX 5090.
Mas por que a RTX 5090 é tão cara?
Parte do motivo do preço alto da RTX 5090 está nas especificações — que também explica a diferença de US$ 1.000 entre ela a RTX 5080. A RTX 5090 tem o dobro de núcleos CUDA da RTX 5080 (21.760 contra 10.572), 32 GB de memória VRAM GDDR7 e largura de banda de 1.792 GB/s, um aumento de 78% em relação à RTX 4090.
A Nvidia diz que a nova GPU é duas vezes mais rápida em processamento gráfico que a ultra premium da geração passada. Traduzindo: a RTX 5090 é um monstro. Ela provavelmente será capaz de rodar todos os jogos triplo A em alta resolução e mais de 30 FPS (nativamente ou com frames falsos do DLSS). Resta ver os reviews oficiais da placa para ver como ela realmente rodará o Cyberpunk 2077.
Como é o portfólio de GPUs da Nvidia?
A Nvidia, assim como a AMD (em processadores e GPUs) e a Intel (em processadores), divide sua linha de placas de vídeo em quatro níveis (tentarei explicar de modo simples). Na lista abaixo vamos levar em conta a linha GeForce RTX:
- GPUs com final 90 — modelos “ultra premium” voltadas para o público entusiasta, que querem rodar jogos triplos AAA na maior qualidade possível e contam com equipamentos igualmente premiums, como um monitor topo de linha da Odyssey, linha gamer da Samsung. Essas GPUs também podem ser usada para tarefas profissionais que demandam alto processamento gráfico, sendo recomendada também para criadores de conteúdo
- GPUs com final 80 — são as placas topo de linha para o público gamer e com um valor “mais acessível”. Ela atende a fatia que quer jogos em alta qualidade, exibindo imagens em 4K, mais de 120 FPS, mas não
é maluco ou podre de ricovê necessidade de pagar absurdos em um GeForce RTX 5090, por exemplo. Afinal, as GeForce RTX de final 80 já são ótimas, as de final 90 são um “massacre” contra qualquer jogo - GPUs com final 70 — modelos intermediárias. Aqui a diferença começa a ficar mais clara. As RTX 4070 e RTX 5070 são mais baratas que as “RTX 0080” e voltadas a rodar jogos na resolução QuadHD. Contudo, alguns usuários da RTX 4070 relatam que conseguiam atingir a resolução 4K em alguns jogos personalizando as configurações.
- GPUs com final 60 — as placas de entrada, voltada para a execução de jogos em resolução FullHD. Porém, assim como a RTX 4070, ela consegue exibir imagens um nível acima (QuadHD) em alguns jogos. Na questão custo benefício, elas só ficam atrás das GPUs RTX 0050.
A Nvidia também possui modelos com final 0050. Porém, a empresa não lançou uma RTX 4050 para desktops, apenas a versão para notebooks. Essas GPUs atendem o segmento custo-benefício.
Com informações de Yunze, DigitalTrends e PCGuide
CEO da Nvidia defende preço elevado da RTX 5090