Trabalhar no exterior é o desejo de grande parte dos brasileiros. Em 2024, o número de trabalhadores do Brasil contratados por empresas estrangeiras cresceu 53%, de acordo com o Relatório Global de Contratações Internacionais 2024, produzido pela Deel, empresa de tecnologia para recursos humanos. 

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O grande atrativo para o aumento desse número é a remuneração em moeda estrangeira. Esse fator, combinado com o maior interesse dos países em contratar mão de obra internacional, principalmente do setor de tecnologia, pode impulsionar ainda mais os resultados para 2025. 

5 dicas para desenvolvedores que querem trabalhar no exterior

 conversou com Iraci Gaspar, gerente sênior de engajamento na Akamai, empresa de desenvolvimento de software dos Estados Unidos.


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A profissional trabalha há mais de 15 anos em empresas de tecnologia fora do país e separou cinco dicas para desenvolvedores que desejam ter uma carreira internacional. Confira:

  • Desenvolva suas “soft skills”
  • Pesquise o mercado de trabalho e requisitos de visto
  • Estude novos idiomas
  • Compreenda tendências globais
  • Tenha certificação e domínio de novas tecnologias

1. Desenvolva suas “soft skills”

Iraci explica que, apesar do conhecimento técnico ser essecial, habilidades comportamentais desempenham um papel fundamental em ambientes dinâmicos, especialmente em empresas globais. 

“Dentro das habilidades, a comunicação assertiva, a flexibilidade para se adaptar a diferentes culturas e equipes, assim como a constante mudança de projetos, são destaques para o profissional que deseja trabalhar no exterior”, explica. 

2. Pesquise o mercado de trabalho e requisitos de visto

“Diferentes países têm diferentes demandas por talentos na área de tecnologia. Pesquise o mercado de trabalho local para entender onde há oportunidades e quais habilidades estão em alta demanda“, alerta Iraci. 

A gerente sênior adiciona que os interessados em trabalhar no exterior precisam estar a par dos requisitos de visto para o país que desejam desenvolver seu trabalho. Isso porque, cada região possui regulamentos específicos para liberação e regularização do visto. 

Desenvolvedor trabalhando
O número de trabalhadores do Brasil contratados por empresas estrangeiras cresceu 53% (Imagem: Pexels/Christina Morillo)

3. Estude novos idiomas

Araci coloca em destaque o domínio do inglês para poder trabalhar no exterior. “Empresas globais com equipes multiculturais geralmente adotam o inglês como idioma padrão de comunicação. Por isso, dominar a língua é fundamental para que profissionais estejam aptos a contribuir de forma eficiente em projetos e reuniões com a equipe“, adiciona. 

Ela também diz que grande parte da documentação oficial, bibliotecas e frameworks estão geralmente disponíveis apenas em inglês. Além disso, saber o idioma também auxília no entendimento de jargões e termos técnicos que garantem agilidade e alinhamento no ambiente de trabalho. 

4. Compreenda tendências globais

Para conseguir de destacar no mercado de trabalho estrangeiro, Araci aponta que é preciso ter uma visão global das tendências tecnológicas. Ela elenca que compreender as necessidades dos mercados internacionais amplia a perspectiva, assim como permite criar soluções que atendam problemas de diversos líderes.  

Segundo a gerente, isso é um fator importante para desenvolvedores que precisam não apenas estar atualizados com as últimas inovações do setor, mas também entender as práticas de negócios e as preferências regionais

“Por exemplo, ao escolher ou desenvolver aplicativos, é importante considerar ajustes necessários para garantir que esses produtos sejam bem-sucedidos no ecossistema dos clientes, respeitando as demandas específicas de cada mercado“, acrescenta. 

5. Tenha certificação e domínio de novas tecnologias

Por fim, Iraci afirma que, na indústria de tecnologia, é preciso ter uma combinação de certificações para avançar na carreira. 

“Embora a experiência prática seja crucial, certificações reconhecidas como CISSP (Certified Information Systems Security Professional), CEH (Certified Ethical Hacker), especializações em Cloud Computing ou arquitetura de redes demonstram expertise e compromisso com o aprendizado contínuo”, elenca a gerente sênior. 

Ela ranqueia algumas habilidades e ferramentas importantes, confira:

  • Proeficiência em DevOps e Site Site Reliability Engineering;
  • Adoção de IA;
  • Machine Learning;
  • GitHub;
  • ChatGPT;
  • Edge computing;
  • Mitigação de ataques DDoS;
  • Frameworks de segurança Zero Trust;
  • APIs;
  • Proteção de aplicações WEB (WAF).

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