Um novo estudo sugere que a Lua estava geologicamente ativa “agora há pouco” em termos geológicos, claro. Através de análises do lado afastado do nosso satélite natural, cientistas da Smithsonian Institution e da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, descobriram que nosso satélite natural teve grande quantidade de atividade geológica há apenas 14 milhões de anos. Se considerarmos que a Lua tem 4,5 bilhões de anos, tal atividade é bem recente. 

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Quando a Lua estava em sua “infância”, sua superfície era quente e coberta por um verdadeiro oceano de magma que começou a esfriar há cerca de 3 bilhões de anos. Desde então, a atividade vulcânica da Lua pareceu ter diminuído significativamente, e a lava se solidificou em sua superfície. Assim, os cientistas acreditam que as estruturas de lava se congelaram por bilhões de anos, sendo alteradas somente por eventuais colisões cósmicas. 

“Muitos cientistas acreditam que a maioria dos movimentos geológicos da Lua aconteceu há dois bilhões e meio de anos, talvez três bilhões”, sugeriu a geóloga Jaclyn Clark. “Mas vimos que estas formações tectônicas estiveram ativas recentemente nos últimos bilhões de anos e que ainda podem estar ativas hoje”, acrescentou. Segundo ela, tais estruturas parecem ter se formado nos últimos 200 milhões de anos, período considerado recente na história da Lua. 


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Estruturas no lado afastado da Lua, atravessando crateras de impacto jovens (Imagem: Nypaver et al., The Planetary Science Journal, 2025)

As formações observadas pelos autores e seus colegas estão concentradas perto dos chamados mares lunares, grandes planícies de basalto vulcânico. Os cientistas suspeitam que estas regiões se formaram quando objetos que se chocaram com a superfície lunar causaram grande derretimento e expeliram a lava preenchendo antigas crateras de impacto. O lado afastado da Lua foi mais atingido do que aquele voltado para nós, e parece também ter se esfriado mais rápido do que o lado que vemos da Terra.

“Depois de contar as crateras ao redor dessas pequenas cristas e ver que algumas delas passam por crateras de impacto já existentes, acreditamos que essas formas de relevo foram tectonicamente ativas nos últimos 160 milhões de anos”, observou a autora. 

Vale lembrar que a ideia de que a superfície lunar ainda é geologicamente ativa é bastante especulativa e precisa de mais testes. Por outro lado, algumas estruturas que lembram “rugas” na superfície lunar parecem sugerir que o satélite natural da Terra está encolhendo. Portanto, estudos futuros podem avaliar se a superfície da Lua é mais maleável do que parece. 

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista The Planetary Science Journal

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