Cientistas do Instituto Massachusetts de Tecnologia parecem ter solucionado o mistério de como a fina atmosfera da Lua é produzida. Através de análises das amostras coletadas nas missões do programa Apollo, eles descobriram que impactos de meteoritos são os principais responsáveis pela formação da camada gasosa ao redor do nosso satélite natural. 

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Em um novo artigo, a Dra. Nicole Nie e os coautores descrevem como a atmosfera lunar precisa ser reabastecida o tempo todo. É que seus átomos escapam constantemente, seja porque “fugiram” pelo espaço devido à fraca gravidade lunar, seja porque ficaram presos na superfície. 

Já se sabe que a luz ultravioleta do Sol pode liberar os átomos da superfície. Mesmo assim, o reabastecimento da atmosfera lunar deve depender dos átomos liberados de minerais pela vaporização, causada por impactos de meteoritos, ou pela ação do vento solar. 


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Faltava descobrir qual dos fatores é o principal responsável e é aqui que entra o novo estudo. A equipe analisou diferentes isótopos do potássio e rubídio presentes nas amostras das missões Apollo, e descobriram que, dependendo do processo, deveria haver uma diferença na proporção de isótopos leves e pesados na atmosfera lunar. 

Meteoritos parecem ter ajudado a formar a atmosfera da Lua (Imagem: Reprodução/ESA/Silicon Worlds/Daniele Gasparri)

Com um modelo matemático que considerava os diversos processos de desgaste do clima espacial, eles conseguiram determinar a proporção da contribuição de cada um. Os resultados indicam que 70% da atmosfera da Lua vem da vaporização causada por impactos de meteoritos, e os 30% restantes são causados pelo vento solar.

“Nossas descobertas fornecem um quadro mais claro de como a superfície e a atmosfera da Lua interagem em longas escalas de tempo, [e] melhoram nossa compreensão dos processos de erosão espacial”, comentou Nie. 

Já Simeon Barber, pesquisador da Universidade Open que não estava envolvido com o estudo, considera que as conclusões são importantes para a compreensão dos processos e mecanismos da nossa Lua. “Entender como a fina atmosfera se forma em luas e pequenos planetas nos ajuda a compreender como esses corpos se tornaram tão variados”, finalizou ele.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Science Advances.

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