Apple Intelligence não convenceu usuários a comprarem novos iPhones, diz Kuo

Mesmo que tenha sido um dos grandes pontos de discussão no mercado de celulares nos últimos meses, a inteligência artificial (IA) ainda não parece ter empolgado consumidores da Apple. De acordo com o analista Ming-Chi Kuo, os novos recursos não foram suficientes para impulsionar a demanda pelos celulares.

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De acordo com fontes consultadas por Kuo e com informações das cadeias de produção, a necessidade de reposição de iPhones não foi alterada significativamente após a chegada dos novos recursos.

As funcionalidades do Apple Intelligence têm sido implementadas de forma gradual, desde a atualização do sistema para o iOS 18.1, em outubro do ano passado. Em dezembro, a atualização para o iOS 18.2 trouxe os Genmoji (emojis gerados por IA), edição avançada de imagens, integração com ChatGPT e mais.

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Kuo ainda ressaltou que a IA com processamento nativo não tem atingido os altos níveis de crescimento em comparação com serviços baseados em nuvem.

Apple Intelligence não mudou demanda por iPhones, diz Kuo (Imagem: Divulgação/Apple)

Por isso, o analista aponta riscos associados ao excesso de otimismo do mercado, especialmente após a grande repercussão do lançamento do Apple Intelligence durante a WWDC 2024, no mês de junho.

Os resultados apontados por Ming-Chi Kuo são condizentes com uma pesquisa encomendada pela companhia de venda de celulares usados Sellcell, e publicada em dezembro.

Pouco mais de 2 mil pessoas foram entrevistadas, incluindo quem usa celulares com Android ou iOS. Entre aqueles que optam pela Apple, 73% indicaram que a presença da IA adiciona “pouco ou nenhum” valor para os smartphones.

No entanto, 50% das pessoas que têm iPhone apontaram que a IA é um fator decisivo para a compra de novos aparelhos. Apenas uma em cada seis pessoas disse que poderiam migrar para o Android, caso as funcionalidades de IA fossem interessantes o suficiente.