Quando o Superman nasceu, no começo dos anos 1930, ninguém questionava cientificamente como suas habilidades poderiam funcionar no mundo real. Contudo, depois da Era de Prata dos Quadrinhos, os autores passaram a usar teorias científicas e conceitos tecnológicos mais verossímeis, de forma que as tramas e poderes não continuassem assim tão brisadas e fantasiosas. E isso continua acontecendo até hoje, a ponto de até a superforça do Aquaman ter atualmente uma explicação plausível.

Depois de sua origem editorial em 1941, a força descomunal de Arthur Curry, comparável à do Superman, era meramente atribuída à sua herança atlante. Nos anos 1980, quando o personagem passou a ser ridicularizado por “conversar com peixes” e por ter um comportamento mais pacífico na animação Superamigos, o Aquaman teve seus poderes, especialmente sua capacidade física, desacreditada perante ao público.

Em 2017, durante a reformulação Renascimento de Geoff Johns, as histórias passaram a destacar mais sua superforça, e, para torná-la mais crível, as teorias científicas dos anos 1960 voltaram com tudo. A resistência e a capacidade física passaram a ser associadas ao fato de Curry ter viver a maior parte do tempo sob grande pressão submarina.


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E isso ganhou reforço em World’s Finest: Teen Titans #3, lançado no ano passado, a partir do Aqualad, personagem associado ao Aquaman. Em certo momento da trama, o Flash Wally West comenta que havia esquecido o quão forte o atlante Garth é, para então ouvir a explicação da própria boca do colega de equipe: “A pressão no fundo do oceano cria músculos”.

A ideia “científica” sugere que a pressão subaquática diária contribui para sua superforça, o que tem certa validade. O princípio desse conceito parte do fato de as criaturas do fundo do mar serem as mais duráveis ​​e adaptáveis ​​do planeta, ainda mais por viverem em um ambiente inóspito para a maioria dos seres da Terra.

Garth, aliado do Aquaman, diz que seus músculos ganham força com a pressão submarina (Imagem: Reprodução/DC Comics)

Os conceitos científicos reais até podem explicar o ambiente de alta pressão provavelmente resultando em variações corporais, capazes de otimizar o funcionamento das proteínas responsáveis ​​por contração muscular e produção de energia. No entanto, essa eficiência provavelmente seria limitada a condições do ambiente ao qual Garth adaptou-se — ou seja, a base teórica não é assim tão verossímil.

Contudo, se você considerar a natureza híbrida de Aquaman e Aqualad, dois seres que vivem tanto na alta pressão do fundo do oceano quanto na superfície; e no fato de nada no universo dos super-heróis ser realmente aplicável com propriedade na ciência real, uma explicação que ao menos flerte com uma teoria presente em nossos livros estudantis não deixa de ser um esforço louvável.

Para todos os efeitos do Universo DC, é, pelo menos, uma explicação razoável baseada na ciência real.

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