De Portugal*
O cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) ainda não se aproximou do Sol, mas já vem proporcionando uma visão espetacular até fora da Terra. Prova disso é uma publicação feita na sexta (20) por Matthew Dominick, astronauta da NASA que está na Estação Espacial Internacional (ISS) e aproveitou a perspectiva privilegiada para capturar um belo vídeo em timelapse do cometa, que pode ficar visível nos céus brasileiros.
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Ele flagrou o cometa sobre a curvatura da Terra enquanto um satélite passava discretamente naquele momento. Para deixar a cena ainda mais especial, Dominick capturou as imagens na Cúpula da ISS, o local do laboratório orbital que conta com grandes janelas de vidro.
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“Até o momento, o cometa Tsuchinshan-ATLAS parece uma estrela difusa a olho nu, olhando pelas janelas da cúpula. Mas com uma lente de 200 mm, f2 e exposição de 1/8s, você pode realmente começar a vê-lo”, escreveu ele em uma publicação no X/Twitter. “Esse cometa vai render imagens muito legais à medida que se aproxima do Sol. Por enquanto, uma prévia em timelapse”, finalizou ele.
Confira abaixo as imagens capturadas por ele:
No momento, o C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) está viajando rumo ao periélio, nome dado à maior aproximação do Sol ao longo da sua órbita elíptica. Ele deve passar pertinho do nosso astro em 27 de setembro, ficando a apenas 0,3 unidade astronômica do Sol; cada unidade representa a distância entre a estrela e a Terra.
Já em 13 de outubro, o cometa vai realizar a aproximação máxima com nosso planeta, ficando a 0,4 UA — o equivalente a 70,7 milhões de quilômetros. Apesar de o Dr. Zdeněk Sekanina, conhecido pesquisador de cometas, ter indicado que o Tsuchinshan-ATLAS estava se desintegrando, ele parece seguir firme e forte pelo espaço.
Observações de astrônomos amadores vêm mostrando que o cometa permanece visível, e que inclusive está ficando cada vez mais brilhante. Por isso, é possível que ele alcance magnitude 3 quando chegar ao periélio; quanto menor o número, mais brilhante é o objeto. Vênus, por exemplo, é o segundo objeto mais brilhante do céu noturno e tem magnitude de -4,6.
A má notícia é que, apesar da beleza, os cometas são brincalhões e imprevisíveis; por isso, é difícil saber exatamente o quão brilhante o C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) vai ficar e se ele realmente vai brilhar o suficiente para se tornar o “cometa do século”. Por isso, resta aguardar — e ficar de olho no céu.
*A jornalista escreveu esta notícia direto de Faro
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