A Audi foi uma das primeiras marcas a estabelecer uma data para adotar apenas carros 100% elétricos em seu portfólio, mas, assim como já fizeram Chevrolet e Volvo, entre outras, parece estar mudando de ideia.

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  • Por que as marcas estão repensando planos de eletrificação dos carros?

O CEO da Audi, Gernot Döllner, confidenciou à revista Top Gear que os motores a combustão devem permanecer vivos nas linhas de produção da marca até depois de 2033, data-limite definida anteriormente para a transição definitiva do portfólio para os BEVs.

O executivo repetiu parte do discurso utilizado pela GM para justificar a sobrevida dos motores a combustão, e também deixou claro que apostará no aumento do portfólio de carros com motorização híbrida para manter os propulsores a combustão em uso.


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“Todos os carros de combustão terão versões híbridas plug-in. Achávamos que o PHEV seria uma tecnologia de ponte. Agora vemos que a ponte é mais longa do que pensávamos”.

Audi Q8 e-tron é um dos modelos 100% elétricos da marca alemã (Imagem: Paulo Amaral/)

Audi aposta que combustão será “gradativamente podada”

O passo atrás dado pela Audi no que diz respeito aos carros 100% elétricos não significa que a marca alemã tenha desistido de apostar alto nos modelos não-poluentes. Segundo Döllner, o plano segue, mas com um prazo mais extenso para ser colocado em prática.

“A legislação agora diz que o carro tem que ser localmente livre de emissões, e mesmo os e-fuels não ajudam porque não são localmente livres de emissões. Se nós, como humanidade, acreditamos que precisamos de uma mudança no CO2, a única maneira é um veículo a bateria. O acordo de Paris diz que precisaremos de neutralidade de CO2 em 2050”.

O executivo da marca alemã apostou que, embora a adoção de carros 100% elétricos possa demorar para ocorrer de forma maciça, ela é inevitável. Segundo Döllner, em 2027 ou 2028 haverá o dobro de EVs no mercado em relação ao cenário atual, e isso comprova que os modelos a gasolina “serão gradativamente podados”.

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