Lançado em fevereiro nos cinemas e atualmente disponível no Paramount+, Bob Marley: One Love foi um filme que, desde seu anúncio, empolgou muitos fãs do astro do reggae, já que prometia contar momentos importantes da vida pessoal e profissional do cantor.
Embora o título de fato faça isso, entregando quase duas horas de conteúdo sobre a história do artista, a trama ficou bastante focada na metade dos anos 1970, trazendo momentos-chaves vividos por Bob Marley em 1976 e 1978, e mostrando flashbacks do começo de sua carreira.
Um recorte, é claro, que fazia sentido com aquilo que a Paramount Pictures queria mostrar, mas que inevitavelmente deixou de lado detalhes muito importantes da jornada do músico.
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Para relembrar algumas dessas histórias que não entraram no filme, mas que são essenciais para a trajetória de Bob Marley, o montou uma lista de 5 coisas importantes que ficaram de fora de One Love. Uma lista que fãs de todas as idades vão gostar de saber.
5. Bob Marley perdeu o pai, mas teve meio-irmãos
Ainda que a infância de Bob Marley tenha sido mostrada muito rapidamente no longa-metragem e até mesmo a relação com sua família tenha ficado um tanto dissolvida em meio à história principal, duas informações importantes sobre a vida pessoal do cantor foram completamente excluídas da trama.
A primeira delas é que Bob Marley tinha um pai. Algo que parece um tanto óbvio, mas que não chega a ser explicado em One Love. Chamado Norval Marley, o pai do ícone do reggae faleceu de ataque cardíaco quando o garoto tinha dez anos. Uma perda, é claro, triste para o menino, mas que não foi muito sentida por Bob já que ele e Norval moravam em cidades diferentes e tinham uma relação quase inexistente.
Além disso, outro fato importante sobre a família do músico é que, após a morte de Norval, a mãe de Bob, Cedella, casou-se outra vez. Foi nessa época que Marley ganhou dois meio-irmãos Richard e Anthony, e, depois da morte do padrasto, ganhou ainda mais duas meia-irmãs, Claudette e Constance, fruto de outros dois relacionamentos de Cedella.
4. O cantor teve filhos fora do casamento
O assunto família, inclusive, é um tanto quanto mal-explorado no filme da Paramount Pictures. Embora deixe claro que Bob Marley traía sua esposa Rita com outras mulheres, One Love não revela que, para além de inúmeros casos extraconjugais, o cantor também teve vários filhos fora do casamento.
Além de Cedella, Ziggy e Stephen, que nasceram de sua relação com Rita – cantora cubana-jamaicana com quem foi casado até o fim de sua vida –, Marley também adotou as jovens Sharon e Stephanie, filhas que Rita tinha antes de conhecer o cantor, e teve seis filhos, Robbie, Rohan, Karen, Julian, Ky-Mani e Damian, fruto de outros relacionamentos.
3. Rita iniciou carreira solo nos últimos anos de Marley
A vontade de Rita de ter uma carreira solo não é completamente ignorada em One Love, já que a atriz Lashana Lynch, que dá vida a cantora no filme, chega a dizer para Bob durante uma discussão que desistiu de ofertas para gravar sua própria música para ajudá-lo em sua turnê.
O que o longa não mostra, porém, é que nessa época Rita já estava compondo e gravando algumas canções, e que seu primeiro álbum de estúdio, Who Feels It Knows It, seria lançado logo adiante, em 1981. Além disso, o filme também não conta que Bob Marley foi contra a vontade da esposa de aventurar-se sozinha na música, querendo que Rita apenas trabalhasse para os The Wailers.
Com o tempo, no entanto, a artista conseguiu convencer o marido de que deveria ter suas próprias canções e aplacar o ciúmes que Marley sentia de outros homens do meio musical com quem ela tinha contato.
2. Exodus e Kaya não foram os últimos álbuns do cantor
One Love termina no One Love Peace Concert de 1978, apresentação histórica que marcou de vez o nome de Bob Marley na luta pela paz da Jamaica. Na época, o músico ainda colhia os frutos do sucesso de Exodus, lançado em 1977, e havia acabado de lançar Kaya, décimo álbum de estúdio do Bob Marley and the Wailers.
Mas a história não parou por aí. Até sua morte, em 1981, Marley ainda lançou Survival (1979), um de seus álbuns mais militantes, e Uprising (1980), seu último trabalho enquanto ainda estava vivo. Confrontation (1983) chegou às lojas de todo o mundo postumamente, com músicas compiladas de material inédito e singles gravados durante a vida de Marley.
1. Detalhes da morte ficaram de fora
O filme de Reinaldo Marcus Green sobre Bob Marley mostra a descoberta do cantor de que tinha um câncer raro de pele e, contrariando as ordens médicas, sua recusa em amputar o dedão do pé, já comprometido.
O que One Love novamente não mostra, porém, é que, além da decisão do cantor estar relacionado à sua fé Rastafári – que para adeptos mais convictos proibia cortes e modificações no corpo –, Marley não foi totalmente negligente com a doença, concordando em passar ao menos por uma cirurgia para remover a unha do dedo.
A pequena excisão pareceu trazer bons resultados durante algum tempo, mas infelizmente não foi suficiente para impedir que o câncer do músico se espalhasse pelo restante do corpo pouco depois.
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