O designer brasileiro Cícero Moraes, já conhecido por suas recriações faciais de neandertais e seres humanos do passado, reconstruiu agora o rosto do Homo sapiens mais antigo já descoberto pela ciência, com 315 mil anos, no Marrocos. Para além das feições do antigo homem, a história de seus restos mortais também é curiosa.

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O hominídeo foi achado nos anos 1960, durante trabalhos de mineração na região de Djebel Irhoud, hoje sítio arqueológico famoso. Inicialmente, cientistas acreditavam que os restos se tratavam do crânio de um homem de apenas 40 mil anos atrás. Em 2017, no entanto, uma pesquisa publicada na revista científica Nature revelou ser algo muito mais antigo — 315 mil anos. Ele foi apelidado de “Irhoud 1”.

Reconstruindo o homem mais antigo

Com a definição de que Irhoud 1 era o H. sapiens mais antigo do mundo, sua importância para a ciência cresceu muito. Cícero Moraes, então, especialista em 3D, resolveu prever como teria sido a aparência do homem primitivo. Assim como em outros trabalhos, Moraes buscou um modelo do crânio, este divulgado pelo Instituto Max Planck, e fez sua reconstrução tridimensionalmente no computador.


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A reconstrução da aparência do Homo sapiens mais antigo do mundo foi feita com modelos computacionais de seu crânio (Imagem: Moraes/OrtogOnlineMag/CC-BY-4.0)
A reconstrução da aparência do Homo sapiens mais antigo do mundo foi feita com modelos computacionais de seu crânio (Imagem: Moraes/OrtogOnlineMag/CC-BY-4.0)

Em seguida, um humano moderno teve seu crânio também digitalizado através de uma tomografia computadorizada, e teve o modelo sobreposto ao de Irhoud 1. O molde, após ser esticado e encaixado nos restos antigos, gerou uma aproximação da anatomia craniana do marroquino do passado. Faltava, então, adicionar os detalhes externos.

Moraes, com sua expertise na área de recriação facial, imaginou primeiro uma versão em escala de cinza e sem pelos ou cor de pele, um modelo mais “científico” e bruto da aparência de Irhoud 1. Em seguida, com imaginação e um pouco de ciência, criou-se algo mais artístico e ficcional, com cabelos, sobrancelhas, barba e cor de pele.

O cientista usa métodos forenses avançados, mas sempre lembra, ao publicar as imagens, que está fazendo uma interpretação, usando características de diversas pessoas, e não recriando rostos com 100% de exatidão a aparência de figuras do passado.

As reconstruções faciais lado a lado — uma mais científica e bruta e outra com mais interpretações e aproximações (Imagem: Moraes/OrtogOnlineMag/CC-BY-4.0)
As reconstruções faciais lado a lado — uma mais científica e bruta e outra com mais interpretações e aproximações (Imagem: Moraes/OrtogOnlineMag/CC-BY-4.0)

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