O astrônomo canadense Paul Wiegert analisou as chances de o asteroide 99942 Apophis mudar de rota e atingir a Terra. Os resultados sugerem que as chances de um impacto acontecer em 2029 ou 2036 são um pouco maiores do que pensávamos até então — mas ainda assim continuam bastante baixas. 

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Foi em 2004 que o asteroide Apophis foi descoberto. Na época, ele foi posicionado no nível 4 na Escala Torino — o nível 0 indica que a chance de uma colisão é zero, e o 10, que o impacto é certo e que promete uma catástrofe global. 

Novas observações descartaram riscos de colisão em 2029, 2036 e 2068, que é quando o objeto vai se aproximar da Terra. Mas e se algum asteroide menor colidir com o Apophis, colocando-o em direção ao nosso planeta?


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No estudo, Wiegert verificou as chances de algo do tipo acontecer e o tamanho que o objeto teria que ter. Os resultados mostraram que uma rocha espacial pequena, com apenas dois metros de diâmetro, seria capaz de empurrar o Apophis nas chamadas “fechaduras”, órbitas ao redor da Terra que podem direcioná-lo para um impacto.

Imagens de radar do Apophis (Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech and NSF/AUI/GBO)

Para uma colisão acontecer, o asteroide teria que ter aproximadamente 3,4 m de diâmetro. A boa notícia é que, embora colisões já tenham sido registradas por meio do monitoramento de asteroides, elas são bastante improváveis. Além disso, se algum evento do tipo acontecesse, o asteroide teria que atingir o Apophis em uma direção específica para atingir nosso planeta.

Após analisar a quantidade de objetos com mais de 3,4 m de diâmetro que atingem a Terra todos os anos e realizar correções, Wiegert concluiu que as chances de o Apophis se chocar com a Terra continuam extremamente baixas. “Considerando que apenas 5% desses impulsos estão na direção correta para gerar um impacto na Terra, a probabilidade geral de um pequeno impacto direcionar o Apophis para uma colisão com a Terra é menor do que uma em 2 bilhões”, escreveu. 

Já as chances de algum objeto menor atingir o Apophis e mudar sua trajetória são de menos de 1 em 1 milhão; portanto, continuam baixas, mas um pouquinho maiores do que se pensava. Para o autor, a melhor forma de saber se o Apophis foi “empurrado” em nossa direção é com novas observações — mas, para isso, é necessário esperar três anos devido à posição do asteroide, da Terra e do Sol. 

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista The Planetary Science Journal. 

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