A passagem do Explorer Nº1, gigantesco navio da BYD que aportou no Espírito Santo com 5.524 carros eletrificados da montadora chinesa a bordo, acendeu o sinal de alerta na Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, a Anfavea.
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A entidade que representa as montadoras que já estão instaladas no Brasil voltou a sugerir que o Governo Federal antecipe a cobrança máxima da alíquota de importação sobre carros eletrificados no país.
De acordo com nota publicada pela Anfavea, a preocupação é justificável, pois a chegada de mais um navio com milhares de carros chineses afeta o “equilíbrio saudável da balança comercial” e ameaça “a indústria que gera mais de 1,3 milhão de empregos diretos e indiretos”.
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A entidade ressaltou ainda que “apoia a chegada de novas marcas ao Brasil para fomentar o setor de autopeças, gerar empregos e trazer novas tecnologias”, mas que a chegada de navios abarrotados de carros acaba causando “sucessivos adiamentos do início da produção no país”.

BYD justifica chegada dos carros
Antes mesmo de a Anfavea se posicionar contra a nova importação em massa de carros da China, a BYD já havia justificado a nova viagem do Explorer Nº1 ao Brasil ao alegar que a operação “garantiria agilidade aos consumidores no acesso aos modelos da marca enquanto a operação em Camaçari é preparada”.
A reportagem do CT Auto esteve presente no Centro de Distribuição de Peças da BYD no Espírito Santo e, também, à chegada do navio, e conversou com os executivos. A garantia é que, com ou sem antecipação da alíquota de importação, o cronograma que prevê a abertura da fábrica para o 2º semestre de 2025 segue mantido.
Vale lembrar que, hoje, a alíquota sobre carros eletrificados importados é de 18% para BEVs e 25% para híbridos. O cronograma oficial prevê ajustes em julho de 2025 para 25% e 30%, respectivamente, mas a Anfavea quer que o teto de 35%, previsto somente para o meio de 2026, seja adotado imediatamente.
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