A agência espacial chinesa CMSA revelou o traje espacial que seus astronautas devem usar em atividades extraveiculares durante futuras missões lunares. O país planeja levar seus taikonautas ao nosso satélite natural antes do fim desta década, e os trajes representam um novo passo para cumprir este objetivo. 

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O traje tem como cores principais o vermelho e o branco, junto de elementos da cultura chinesa. As faixas vermelhas na parte superior do traje foram inspiradas por fitas de obras que representam as Apsarás, espíritos femininos das nuvens e das águas na mitologia hindu e budista. Já o design geral do traje foi pensado para representar uma armadura tradicional chinesa. 

Como de costume, o traje foi projetado para resistir às temperaturas extremas, radiação e poeira lunar — tudo isso sem deixar de lado a flexibilidade necessária para astronautas realizarem tarefas por lá. Além disso, o componente tem câmeras de distância focal curta e longa, uma central de operações e o visor projetado especialmente para evitar ofuscar a visão dos tripulantes. 


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Astronautas chineses na Lua

“O traje permite mais ações. Em várias posturas, o condicionamento físico não deve ser afetado após uma mudança de postura. Portanto, é necessário um melhor ajuste ao corpo humano”, comentou Wang Chunhui, vice-projetista-chefe dos sistemas de treinamento de astronautas no Centro de Pesquisa e Treinamento de Astronautas da China, à estatal CCTV.

A flexibilidade é essencial para os astronautas realizarem tarefas na Lua (Imagem: NASA)

Wang acrescentou que, como os taikonautas vão trabalhar em gravidade menor que a da Terra, foi necessário reduzir o peso do traje para diminuir o impacto metabólico do corpo humano. “Como os astronautas vão caminhar na superfície lunar e vão realizar atividades de pesquisa científica, os trajes espaciais devem ter melhores recursos de suporte ergonômico, além de serem menores e mais integrados”, acrescentou. 

Por enquanto, a China planeja levar dois astronautas para uma estadia de mais ou menos seis horas na superfície da Lua. Esta missão faz parte de um projeto de exploração lunar ainda maior e mais ambicioso: o país quer lançar novas missões robóticas para lá em 2026 e 2028, procurando recursos e verificando o uso local deles. Já em 2030, a China quer construir a ILRS, sua estação de pesquisa criada em parceria com a Rússia.

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