Na atual Itália, arqueólogos investigam as ruínas de uma antiga cidade, localizada a 100 km de Roma, que foi completamente destruída pelo exército romano, há dois mil anos. A repressão foi tão eficiente que o local permaneceu desabitado por 170 anos.

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Através dos achados arqueológicos, foi possível reconstruir como ocorreu o ataque militar de ROMA à próspera cidade colônia de Fregellae, no ano de 125 a.C., segundo estudo conduzido por pesquisadores do Centro Leibniz de Arqueologia (LEIZA) e da Universidade de Trier, ambos da Alemanha. Órgãos do governo italiano também contribuíram com as escavações. 

“Apesar dos vestígios de fogo e da remoção quase completa dos materiais de construção, as descobertas oferecem informações valiosas sobre a vida rural e as atividades econômicas dos habitantes da época”, afirma Dominik Maschek, pesquisador do LEIZA, em nota.


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Até o momento, os resultados das análises sobre a cidade devastada pelo exército ainda não foram publicados em um artigo numa revista científica.

Acampamento militar romano

Para sitiar a cidade, foi montado um acampamento militar romano nas proximidades, cobrindo uma área de 12,8 mil metros quadrados (90 metros por 143 metros). O local era cercado por uma muralha e um fosso, o que coincide com as estratégias de cerco adotadas pelos romanos da época. 

Já a cidade tinha sido erguida há cerca de 80 anos antes do ataque destruidor, mas ainda não se sabe o que motivou o conflito. É possível que os moradores buscassem a cidadania romana, quando se rebelaram e foram severamente reprimidos. 

Destruição da cidade que se rebelou

A hipótese defendida pelo grupo de arqueólogos é que o ataque romano buscava destruir o local, mas também acabar com as formas de subsistência dos habitantes locais, obrigando a dispersão. 

Arqueólogos encontram vestígios de cidade destruída após se rebelar contra Roma (Imagem: Anton Ritzhaupt/LEIZA)

Nas análises, foram localizadas ânforas e recipientes de armazenamento que ligam o complexo à produção de vinho, frutas e grãos. Inclusive, os vinhos não estavam limitados ao comércio local como os outros gêneros, mas eram vendidos em outros pontos banhados pelo Mediterrâneo, como Espanha e França.

Entretanto, toda essa estrutura acabou com a repressão do exército romano. “A destruição violenta causou danos duradouros a toda a economia da região. A paisagem permaneceu desabitada por mais de 170 anos, até que a área acabou sendo usada como depósito de lixo”, pontua Maschek. 

Após o hiato de quase dois séculos de ocupação, foi possível achar vasos de cerâmica que datam o ano de 50 d.C., destaca o arqueólogo. Este é um indicador de quando o local passou a ser novamente ocupado, mesmo que de forma bem menos nobre.

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