Nas últimas 48 horas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a mpox (anteriormente conhecida como varíola dos macacos) é novamente uma emergência de saúde pública. Em resposta, o Ministério da Saúde instalou um comitê para lidar com a ameaça do monkeypox virus (MPXV) no Brasil. E a Suécia é o primeiro país a confirmar um caso da doença relacionada a uma subvariante do clado 1, a 1b, fora da África. A sucessão de fatos pode causar insegurança, mas cientistas explicam quais são os riscos e o que pode ser feito para impedir uma futura pandemia.

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Antes de seguir, vale mencionar que, diferente da onda anterior da doença registrada entre 2022 e 2023, os novos casos de mpox estão inicialmente concentrados no continente africano. De forma mais precisa, a maior parte das notificações é da República Democrática do Congo e de alguns países vizinhos.

Por lá, está em circulação o vírus mpox do clado 1b, uma cepa mais letal e possivelmente mais transmissível.. No Brasil e em outros países das Américas e da Europa, quando há transmissão (é baixa hoje), ocorre majoritariamente a circulação do clado 2. Entretanto, a situação pode mudar, conforme a doença se espalha.


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O que é mpox?

A mpox é uma doença bastante semelhante com a varíola comum, já que os pacientes apresentam lesões na pele, febre, fadiga e inchaço nos gânglios linfáticos. Com a diferença que da varíola é mais letal, embora casos de mpox também possam levar ao óbito. 

Em relação aos sintomas, as erupções podem surgir no rosto, na palma das mãos, nas plantas dos pés, na boca, nos órgãos genitais ou mesmo no ânus.

Disseminação do clado 1b

Diante da nova emergência de saúde decretada pela OMS, os casos no continente africano estão relacionados com o clado 1b, como explica Michael Marks, cientista e professor da London School of Hygiene & Tropical Medicine (LSHTM).

“Está claro que este é o maior surto de mpox relatado na região [do continente africano]. É também o maior do clado 1, que tradicionalmente tem sido associado a uma taxa de letalidade de casos mais alta do que o clado 2, responsável pelo grande surto global em 2022”, comenta o cientista Marks. 

Com disseminação do clado 1b no Congo, mpox se torna ameaça à saúde pública, segundo OMS (Imagem: Institute of Allergy and Infectious Diseases/Unsplash)

Nas últimas semanas, já era possível observar os primeiros casos de transbordamento desse estirpe do vírus da mpox para outros países. Inicialmente, os casos apareceram em países próximos ao Congo, como Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda. Agora, chegou até a Suécia.

Segundo a Agência Sueca de Saúde Pública, este é o primeiro caso diagnosticado de infecção causada pelo clado 1 fora do continente africano. O paciente infectado tem histórico de viagem recente para a África, onde pode ter contraído a doença.

Vacina da mpox e testes

Em um mundo conectado e com circulação de patógenos, o alerta da OMS é uma forma de “destacar a importância de uma resposta, fornecer um mecanismo de coordenação estratégica e potencialmente desbloquear formas de financiamento” para combater globalmente a mpox, destaca Marks. 

Entretanto, o cenário não é de uma pandemia e inúmeras medidas ainda podem ser tomadas para impedir a disseminação da doença potencialmente mortal. Isso inclui a testagem rápida de casos suspeitos e o uso de vacinas.

“A melhor evidência disponível apoia a necessidade de vacinação pré-exposição, onde pessoas em situação de risco são vacinadas antes de entrarem em contato com um caso. Há menos evidências fortes apoiando a vacinação pós-exposição”, detalha Marks.

Para viabilizar esses planos, as autoridades de saúde da África estimaram que seriam necessárias 10 milhões de doses da vacina contra a mpox. Esta é uma quantidade que eles não têm em estoque e precisarão da colaboração global para conter a doença.

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