Um novo passo na luta para reverter diabetes tipo 1: pesquisadores da Weill Cornell Medicine publicaram uma estratégia promissora para o tratamento da doença, ao demonstrar que a adição de células formadoras de vasos sanguíneos a transplantes de ilhotas pancreáticas melhora a sobrevivência das células produtoras de insulina e pode reverter a doença.
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A descoberta, publicada na Science Advances, pode abrir caminho para novas abordagens terapêuticas que eliminem a necessidade de imunossupressores e tornem os transplantes mais eficazes.
Transplante de ilhotas pancreáticas
O método tradicional de transplante de ilhotas envolve a infusão das células em uma veia do fígado. No entanto, esse procedimento tem limitações significativas, incluindo a necessidade de imunossupressores para evitar rejeição e a perda gradual da funcionalidade das ilhotas.
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A nova abordagem utiliza células endoteliais vasculares reprogramadas (R-VECs), que são responsáveis por formar vasos sanguíneos e fornecer suporte para as ilhotas transplantadas. Em testes com camundongos, essa técnica permitiu a conexão rápida à circulação sanguínea do hospedeiro, aumentando a sobrevivência e a funcionalidade das células produtoras de insulina.
Os resultados mostraram que a maioria dos camundongos tratados com ilhotas e R-VECs teve normalização do peso e controle estável da glicemia por mais de 20 semanas. Esse período indica um potencial para enxertos permanentes, reduzindo a dependência de aplicações externas de insulina.

De acordo com os pesquisadores, “o potencial de implantação cirúrgica dessas ilhotas vascularizadas precisa ser examinado quanto à sua segurança e eficiência em modelos pré-clínicos adicionais” e “a tradução desta tecnologia para tratar pacientes com diabetes tipo 1 exigirá contornar vários obstáculos, incluindo aumentar o número suficiente de ilhotas vascularizadas e elaborar abordagens para evitar a imunossupressão”.
Diabetes tipo 1
O diabetes tipo 1 é considerada como uma doença autoimune, e gera a destruição das células beta pancreáticas, responsáveis pela produção de insulina.
O que acontece, basicamente, é que sem esse hormônio, os níveis de açúcar no sangue aumentam, podendo causar diversas complicações.
“Sabe-se que, via de regra, é uma doença crônica não transmissível, hereditária, que concentra entre 5% e 10% do total de diabéticos no Brasil. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar”, diz o Ministério da Saúde.
A Pasta relembra, ainda, que o diabetes tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também: “Pessoas com parentes próximos que têm ou tiveram a doença devem fazer exames regularmente para acompanhar a glicose no sangue. O tratamento exige o uso diário de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose no sangue”.
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