Nos Emirados Árabes Unidos, cientistas criaram a réplica funcional de um barco que navegou no Golfo Pérsico, durante a Idade do Bronze, há aproximadamente 4 mil anos. Embarcações do tipo podiam ir a pontos tão distantes quanto a Mesopotâmia (atual Iraque) e o sul da Ásia, permitindo o comércio entre nações.
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Baseada nas informações contidas em uma antiga tábua de argila, a nova embarcação apelidada de Magan tem 18 m de comprimento e começou a ser construída ainda em 2021, sem pregos ou parafusos.
Com envolvimento da NYU Abu Dhabi, da Universidade Zayed e do Museu Nacional Zayed, o projeto de reconstrução do navio é parte de um projeto que busca mostrar como era a vida a milhares de anos na região do Golfo Pérsico.
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Construção do barco da Idade do Bronze
Para erguer a réplica de um dos navios que eram usados na Idade do Bronze, a equipe de paleontólogos se baseou em um antiga tábua de argila e em técnicas suméricas que datam 2100 a.C., o que permite saber as matérias-primas comuns na época.
Dessa forma, a parte externa do casco foi feita com 15 toneladas de junco (tipo de planta) de origem local. A matéria vegetal (sem folhas) foi esmagada e amarrada em longos feixes, usando corda de fibra de tamareira.
Os feixes foram amarrados a uma estrutura interna de madeira e revestidos com betume. Esta é uma técnica de impermeabilização usada por antigos construtores de navios, capaz de impedir a entrada de água. Já a vela foi feita de pelo de cabra.
Zayed National Museum successfully reconstructed an 18-metre Magan Boat, in collaboration with Zayed University and @NYUAbuDhabi , to shed light on the UAE’s rich maritime heritage and Bronze Age trade. pic.twitter.com/OLJtYj7v73
— Abu Dhabi Culture (@AbuDhabiCulture) July 5, 2024
Como não existia um manual completo de construção das embarcações, foi preciso fazer alguns ajustes. Por exemplo, o comprimento, a largura e a profundidade foram determinados a partir da análise hidrostática. Assim, o engenheiro naval responsável pode chegar até as dimensões ideais para que o barco flutuasse na água.
Testes com réplica histórica
Além de recriar a réplica do navio, a equipe queria testar a embarcação no mar, o que foi feito com sucesso. O Magan navegou por dois dias no Golfo Pérsico, onde atingiu velocidades de até 5,6 nós (pouco mais de 10 km/h).
“Quando tiramos o barco do píer pela primeira vez, fomos muito cuidadosos. Eu sabia muito bem que ele era feito apenas de juncos, cordas e madeira — não há pregos, parafusos, nem metal algum — e eu estava com medo de danificá-lo. Mas, quando começamos a navegar, percebi que este era um barco forte. Fiquei surpreso com a forma como este grande barco, sobrecarregado com um lastro pesado, se movia tão suavemente no mar”, detalha Marwan Abdullah Al-Marzouqi, responsável por testar a embarcação, em nota.
O curioso é que, buscando ser fiel ao máximo às embarcações originais da Idade do Bronze, o barco não conta com polias (uma invenção muito mais recente). Então, foram necessárias mais de 20 pessoas para levantar a vela.
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