A mais nova descoberta da ciência é uma molécula que “pausa” embriões humanos, interrompendo os estágios iniciais do desenvolvimento. Os pesquisadores do Max Planck Institute, responsáveis por encontrar essa novidade, acreditam que seja um passo para melhorar as tecnologias reprodutivas. 

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Se os humanos podem controlar o tempo de seu desenvolvimento tem sido debatido há muito tempo. O novo estudo sugere que esse “botão de pausa” pode ser ativado em células humanas também. As descobertas têm implicações significativas para nossa compreensão da vida humana inicial e podem melhorar as tecnologias reprodutivas. 

Alguns mamíferos conseguem fazer com que o tempo do desenvolvimento embrionário seja alterado para melhorar as chances de sobrevivência tanto do embrião quanto da mãe. Esse mecanismo costuma ocorrer pouco antes do embrião se implantar no útero, e pode ser mantido por semanas ou meses.


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Agora, o estudo identificou que esses mecanismos também parecem ser acionáveis ​​em células humanas. Os resultados da pesquisa estão disponíveis no periódico Cell.

Botão de “pause” de embriões

Para o estudo, os pesquisadores usaram células-tronco humanas e modelos de blastocistos, que funcionam como uma espécie de alternativa mais ética para o uso de embriões.

Os pesquisadores descobriram que podem usar uma via de sinalização chamada mTOR para induzir um estado dormente semelhante a essa pausa.

“A via mTOR é um importante regulador do crescimento e da progressão do desenvolvimento em embriões de camundongos”, diz Aydan Bulut-Karslioglu, no comunicado divulgado pelo instituto.

“Quando tratamos células-tronco humanas e blastoides com um inibidor de mTOR, observamos um atraso no desenvolvimento, o que significa que as células humanas podem implantar a maquinaria molecular para provocar uma resposta semelhante à diapausa”, complementa.

Cientistas descobrem molécula que “pausa” embriões humanos (Imagem: Iyer et al, 2024/Cell)

O estudo descreve esse dormente como divisão celular reduzida, desenvolvimento mais lento e uma capacidade reduzida de se fixar ao revestimento uterino.

Medicina reprodutiva

A equipe acredita que as descobertas podem ter implicações para a medicina reprodutiva: “Por um lado, sabe-se que passar por um desenvolvimento mais rápido aumenta a taxa de sucesso da fertilização in vitro (FIV), e aumentar a atividade do mTOR pode conseguir isso. Por outro lado, desencadear um estado dormente durante um procedimento de fertilização in vitro pode fornecer uma janela de tempo maior para avaliar a saúde do embrião”, conclui o comunicado.

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