Um estudo revelou que o Super Nintendo, console lançado em 1990, está ficando mais rápido com o passar dos anos. A informação foi apresentada pelo desenvolvedor do software de auxílio a speedruns TASBot, Alan Cecil, e compartilhado pela 404 Media.
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Porém, o que ocorre com a engenharia por trás desse salto? Na verdade, não é um acréscimo tão significativo e que represente um salto no desempenho do antigo videogame, porém começa a levantar questões sobre o hardware e como isso impacta os jogos da plataforma.
O Super Nintendo utiliza o chip de processamento de áudio SPC700 da Sony, que trabalha com clock de 32.000 Hz. E claro, estamos falando aqui do console original, levando em consideração que os emuladores simulam o trabalho deste chip em 32.040 Hz.
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Porém, Cecil descobriu que isso está mais veloz nos dias atuais. Foi observado no SNES de alguns usuários que a frequência de clock está operando em 32.182 Hz. Isso significa que o chip SPC700 da Sony está 0,6% mais rápido do que na época do lançamento do videogame, nos anos 1990.

Não há uma razão aparente, mas suspeita-se que o ressonador de cerâmica do Super Nintendo seja o maior responsável pelo “problema”. Ele tem o trabalho de manter a velocidade de clock, mas perde parte de sua precisão conforme o tempo passa por causa do calor e outros fatores.
Apesar do chip trabalhar mais rápido, é importante lembrar que o SPC700 é responsável apenas pelo processamento de áudio. Ou seja, os jogadores comuns não devem sentir diferenças na forma como os jogos são renderizados e todo seu conteúdo é processado.
Quem é impactado pela velocidade do Super Nintendo?
Apesar do clock maior não impactar o gameplay dos jogos de Super Nintendo, a comunidade de speedrunners está preocupada em certo grau.
Isso se deve ao fato de que, com o processador de áudio trabalhando mais rápido, ele afeta as telas de carregamento e algumas delas podem ficar mais curtas quando o som trabalha de forma mais veloz. Desta forma, as ferramentas de assistência a speedruns passam a não operar de forma adequada.
Este tipo de speedrun, que não ocorre apenas no Super Nintendo, envolve um software baseado em comandos de entrada e que trabalham de forma precisa ao tempo predeterminado. Ou seja, com as telas de carregamento se tornando alguns quadros mais curtas, é possível que haja alguns problemas na utilização desses apps.
Se isso não bastasse, também há uma discussão em relação aos recordes batidos no Super Nintendo com o passar dos anos.
Se o chip da Sony continuar ficando mais rápido daqui em diante, isso poderá impactar diretamente nos números apresentados em futuras speedruns. Claro que isso levaria algumas décadas para ocorrer, se continuar no ritmo atual, mas ainda assim é um problema que ainda não encontraram uma solução que agrade toda a comunidade.
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No vídeo do do YouTube, mostramos mais do Super Nintendo Classic Edition e o que achamos da versão mais recente do icônico console:
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