A Corrida Espacial foi um período marcado por demonstrações de tecnologia entre os Estados Unidos e a antiga União Soviética, que buscavam mostrar a superioridade nos voos espaciais como consequência da Guerra Fria. A época trouxe inúmeras contribuições para a ciência e contou até com eventos inusitados, como o “sequestro” de uma sonda soviética por parte da CIA, a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos.

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Para entender o episódio, precisamos lembrar que a União Soviética planejou lançar uma sonda para a Lua — e conseguiu o feito em setembro de 1959 com a Luna 2, nave que caiu propositalmente em nosso satélite natural. Enquanto isso, os rivais norte-americanos queriam entender como os soviéticos construíram o equipamento. 

A oportunidade perfeita surgiu naquele ano, quando uma exposição soviética das conquistas do bloco foi apresentada em alguns países. A exposição tinha mostras não apenas do Sputnik, o primeiro satélite artificial lançado à órbita terrestre, como também da Lunik (ou Luna), a primeira espaçonave lunar soviética.


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A CIA não hesitou e preparou uma operação de espionagem no evento. Ali, uma equipe da agência desmontou uma versão da sonda Lunik 2 para registrar as técnicas e tecnologias usadas pelos soviéticos. Segundo informações da agência, uma equipe de oficiais conseguiu acesso irrestrito ao local da exposição por 24 horas.

Luna 1 acoplada ao estágio superior do veículo para lançamento (Imagem: Reprodução/RKK Energiya)

“[O objeto] se mostrou não uma réplica, mas um sistema totalmente operacional comparável à Lunik 2”, descreve o site da agência. Os oficiais desmontaram o veículo, tiraram fotos de todos os componentes sem removê-lo da caixa e depois o devolveram como estava. E não pense que a operação foi tranquila: segundo a CIA, a parte mais demorada do trabalho foi devolver o objeto como estava antes. 

“Passamos quase uma hora fazendo isso, um homem na seção do nariz [da nave] tentando colocar a esfera exatamente na posição correta e outro no compartimento do motor tentando encaixar as roscas na extremidade de uma haste que ele não conseguia ver”, descreve a CIA em uma publicação em seu site. “Depois de várias tentativas inúteis e muitos momentos de ansiedade, a conexão foi finalmente feita, e todos nós suspiramos de alívio.”

“E os soviéticos não ficaram sabendo de nada. Parece coisa de roteiro de filme? Isso realmente aconteceu”, finalizou a CIA em uma publicação sobre o ocorrido. O “sequestro” foi registrado em uma revisão histórica da CIA publicada somente em 1995; cinco anos antes, o historiador Dwayne Day havia divulgado a história.

“Fui eu quem encontrou o documento sem sigilo nos Arquivos Nacionais. Ele estava em formato de papel. [O] documento só foi parar na internet uma década ou mais depois”, acrescentou Day. Ele ressaltou que “Lunik” não é uma palavra russa, mas sim uma gíria norte-americana usada para se referir às missões do país.

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