Um malware que consegue escanear informações de imagens da galeria do celular, conhecido como SparkCat, foi descoberta por pesquisadores do Kaspersky Threat Research recentemente. O software malicioso de reconhecimento óptico se esconde em aplicativos e foi encontrado pela primeira vez na App Store, implicando a contaminação de aplicativos para iPhone.
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Entenda como esse vírus funciona e por onde ele é propagado. Neste conteúdo você confere:
- O que é o SparkCat?
- Como o SparkCat funciona?
- O malware já foi identificado no Brasil?
- Como se proteger
O que é o SparkCat?
O malware identificado se chama SparkCat, e é um trojan (ou cavalo de Tróia). De acordo com a Kaspersky, ele está ativo nas lojas de aplicativos desde, pelo menos, março de 2024.
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Esse tipo de ameaça digital se passa por um programa legítimo, e busca criar uma passagem para que outros malwares possam invadir seu dispositivo ou sistema.
Os hackers que utilizam trojans esperam que o usuário baixe e execute o malware a partir de algum software, aplicativo, anexo de e-mail ou links. Assim, é como se a própria vítima tivesse “liberado o acesso” aos criminosos.
Como o SparkCat funciona?
O malware se esconde em aplicativos tanto na AppStore quanto na Play Store. Os apps são de todos os tipos: de mensagens, assistentes de IA, de delivery, criptomoedas e outros.
Após o usuário instalar o app infectado, em algum momento recebe a solicitação de acesso às fotos do celular, o que é normal em muitos aplicativos.
Então, o SparkCat utiliza reconhecimento óptico de caracteres (OCR) para identificar o texto presente nas suas imagens salvas, e enviar as palavras-chaves relevantes para os criminosos. Por exemplo, podem utilizar capturas de tela para conseguirem senhas, mensagens com dados pessoais e até frases de recuperação para carteiras de criptomoedas.
Segundo Leandro Cuozzo, analista de malware da Kaspersky, este é o primeiro caso de um trojan que usa reconhecimento de caracteres infiltrado na AppStore.
Ele afirma que esse malware é especialmente perigoso por algumas características específicas.
“A furtividade desse trojan dificulta sua detecção tanto para os moderadores das lojas quanto para as vítimas. O acesso à galeria que o malware tenta obter pode parecer essencial para o funcionamento correto do aplicativo, pelo menos da perspectiva do usuário. Essa permissão normalmente é solicitada em contextos pertinentes, como quando os usuários entram em contato com o serviço de atendimento ao cliente”, complementa Leandro.
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O malware já foi identificado no Brasil?
Por enquanto não foram identificadas vítimas em território brasileiro. Especialistas da Kaspersky afirmam que o SparkCat se dirige em especial a usuários nos Emirados Árabes Unidos e em países da Europa e Ásia.
Apesar disso, foi identificado que o trojan que examina sua galeria de imagens consegue identificar textos em diversos idiomas, incluindo português.
Como se proteger
O SparkCat se infiltra em aplicativos que parecem legítimos para enganar o usuário, mas existem algumas maneiras de se proteger.
- Não instale apps suspeitos: confira o número de downloads, as avaliações e quem é a desenvolvedora do aplicativo antes de baixá-lo;
- Evite guardar capturas de tela que contenham informações sensíveis ou dados pessoais na sua galeria;
- Apague imediatamente aplicativos identificados como infectados e não os utilize até que alguma atualização removendo o malware seja lançada.
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