A NASA destacou nesta terça (23) uma bela foto da Nebulosa do Caranguejo, um remanescente de supernova. A imagem combina dados dos telescópios Hubble, Chandra e IXPE que, juntos, revelam as diferentes estruturas no interior da nebulosa.
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- NASA divulga novas imagens da Nebulosa do Caranguejo feitas pelo James Webb
A Nebulosa do Caranguejo é um remanescente de uma estrela que explodiu em supernova. O evento violento foi observado em 1.000 a.C. por astrônomos chineses, que viram no céu o que parecia ser uma “nova estrela”. O ponto luminoso permaneceu visível por quase um mês e, na verdade, o que viram não era estrela alguma, mas sim a poderosa explosão.
No interior deste remanescente há um pulsar, uma estrela de nêutrons que gira 30 vezes por segundo. Ele é chamado de Pulsar do Caranguejo, e pode ser visto no centro da estrutura gasosa da nebulosa.
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O pulsar é responsável tanto pela luz emitida pela nebulosa quanto por sua expansão. O objeto libera um vento de elétrons energéticos, que diminuem levemente sua taxa de rotação.
O Hubble observou o objeto na luz visível, enquanto o observatório Chandra coletou dados de raios X, visíveis em branco. Outras emissões de raios X foram observadas pelo telescópio IXPE, e aparecem em roxo.
Telescópio Chandra
A foto que você viu é uma das publicações da NASA para comemorar o 25º aniversário do lançamento do telescópio Chandra. Em 23 de julho de 1999, o ônibus espacial Columbia foi lançado à órbita da Terra e levou o telescópio, a carga útil mais pesada já lançada pelo veículo na época.
O Chandra, bem como os telescópios Hubble, Spitzer e Compton, faz parte dos chamados Grandes Observatórios da NASA. No caso, o Chandra observa o universo em raios X, a radiação emitida quando a matéria é aquecida a milhões de graus — isso ocorre nos gases em aglomerados galácticos ou na matéria próxima do horizonte de eventos de um buraco negro, por exemplo.
Desta forma, o Chandra permite que cientistas em todo o mundo capturem imagens de raios X em ambientes exóticos no espaço, que ajudam a entender a estrutura e a evolução do universo. Hoje, os astrônomos usam as observações do Chandra combinadas às de outros poderosos telescópios, como o James Webb.
Aliás, o trabalho em equipe entre os instrumentos já rendeu resultaos. No ano passado, dados do Chandra e do Webb levaram cientistas a anunciar a descoberta dos dois buracos negros mais distantes já detectados.
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