Nesta terça-feira (4), é celebrado o Dia Internacional de Consciencialização sobre o HPV. O papilomavírus humano (HPV) é um grupo de mais de 200 tipos de vírus que afetam a pele e as mucosas, sendo uma das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) mais comuns. No Brasil, o Ministério da Saúde quer mobilizar estados e municípios para resgatar adolescentes e jovens de 15 a 19 anos que ainda não receberam a vacina.
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A Pasta anunciou que, além de ampliar o público-alvo para jovens de 15 a 19 anos, o Brasil também passou a incluir novos grupos prioritários na vacinação contra o HPV.
Pacientes com papilomatose respiratória recorrente, que exigem múltiplas cirurgias ao longo do ano, agora fazem parte dessa estratégia. Outros grupos que também foram incorporados são os usuários de PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV) e indivíduos imunossuprimidos, de 9 a 45 anos, de ambos os sexos.
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“O Brasil assumiu o compromisso de adotar essa estratégia para adolescentes de 9 a 14 anos sem comprometimento imunológico, mantendo o esquema combinado para outros grupos prioritários”, afirmou a representante do Ministério da Saúde, Ana Goretti.
Brasil contra o HPV
De acordo com o próprio Ministério, a ação de resgate será realizada em fases, com o foco inicial em 120 municípios que apresentam os maiores índices de jovens sem vacinação.
A meta é vacinar 90% dessa faixa etária que ainda não recebeu nenhuma dose da vacina. Para isso, os estados e municípios deverão adotar locais estratégicos de vacinação, como escolas, universidades, shoppings e ginásios esportivos, além das unidades básicas de saúde.
“Os adolescentes não vacinados representam um problema global significativo, pois, além das consequências para a própria saúde, são potenciais transmissores do HPV. O desafio é grande, porque esse público dificilmente procura os serviços de saúde para se vacinar. Por isso, estamos reforçando a vacinação em escolas e outras estratégias para alcançar essa população”, explicou a coordenadora-Geral de Incorporação Científica e Imunização da SVSA, Ana Catarina.
Infecção por HPV
A infecção pelo HPV ocorre principalmente por meio do contato direto com a pele ou mucosas infectadas, sendo a via sexual a forma mais comum de transmissão.
O vírus pode ser transmitido pelo contato genital direto, sexo vaginal, anal e oral. Além disso, a transmissão pode ocorrer de mãe para filho durante o parto.
Vale lembrar que infecção pelo HPV é altamente contagiosa e muitas vezes assintomática, o que facilita sua disseminação. Em alguns casos, o organismo consegue eliminar o vírus naturalmente, mas em outros, ele pode permanecer no corpo e causar complicações.

A maioria das infecções pelo HPV não apresenta sintomas visíveis, sendo eliminadas pelo sistema imunológico sem causar danos. No entanto, quando os sintomas aparecem, eles podem incluir:
- Verrugas genitais (pequenas lesões na região genital, perianal ou oral);
- Verrugas em outras partes do corpo, dependendo do tipo de HPV;
- Lesões pré-cancerígenas no colo do útero, ânus e outras áreas;
Cânceres associados ao HPV, como o de colo do útero, garganta e ânus, que podem se desenvolver anos após a infecção. No SUS, a vacina é aplicada em dose única.
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