Nas últimas semanas, um grupo de investidores liderado por Elon Musk fez uma proposta de quase US$ 100 bilhões pela compra pela OpenAI, dona do ChatGPT e que tem Sam Altman como CEO. A oferta foi negada e Altman ironizou a tentativa, com uma contraproposta de comprar o X, de Musk.

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A troca de farpas e palavras não amistosas entre os empresários trouxe à tona a relação deles, que há alguns anos já foi de amizade. O te explica como que estes donos de big techs chegaram a este conflito. Neste conteúdo você confere:

  • Como começou a relação de Musk e Altman
  • Quando passaram de amigos para inimigos?
  • Musk vai comprar a OpenAI?

Como começou a relação de Musk e Altman

Tanto Elon Musk quanto Sam Altman já eram pessoas influentes no Vale do Silício antes do boom da IA. Musk, como o empresário bem sucedido pela Tesla e Space X, e Altman, como um especialista em arrecadar investimentos, membro da Y Combinator, uma aceleradora de startups.


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Kaluan Bernardo, jornalista de tecnologia e doutorando pela ESPM, nos conta que Altman, 14 anos mais novo, via Musk como um ídolo, mesmo com personalidades muito diferentes.

“Elon Musk é um cara mais da engenharia, mais prático, e o Sam Altman gosta de filosofia, de pensar como vai mudar o mundo”.

A partir de 2015, começaram a se encontrar com mais frequência, e discutiam sobre quais seriam os perigos da inteligência artificial para o mundo. Segundo relatos, eles se preocupavam com um possível cenário de filme de ficção científica, onde a IA cairia em mãos erradas e haveriam “ditaduras tecnológicas”.

Essas conversas entre o bilionário e o futuro dono do ChatGPT culminaram na criação da OpenAI, que visava ser uma fundação sem fins lucrativos com objetivo de proteger o mundo dos possíveis danos causados por IA.

Mudança de ares

Após a criação da OpenAI, houve um momento em que os envolvidos perceberam que não seria possível continuar em um modelo sem fins lucrativos. Eram necessários investimentos, e na procura destes se iniciaram os conflitos.

Musk afirmava que só assumiria estes gastos se fosse dono e CEO da empresa. Porém, no final, devido aos conflitos internos, o executivo saiu da OpenAI e anos depois abriu a sua própria empresa de IA.

Em 2025, a relação voltou a esquentar e tomar novos rumos. Musk se tornou membro do oficial do governo dos EUA, comandando o Departamento de Eficiência Governamental. E Altman não ficou para trás. Ele também se aproximou de Donald Trump para que a OpenAI esteja envolvida num projeto de investimentos públicos em IA.

No mês de fevereiro, um grupo de investidores da xAI, liderado por Elon, fez uma oferta de US$ 97,4 bilhões (aproximadamente R$ 556 bilhões) para adquirir a OpenAI. A empresa recusou a possível compra, e Sam ironizou a tentativa no X, dizendo: “não, obrigado, mas se quiserem nós compramos o Twitter por US$ 9,74 bilhões”.

A mais recente movimentação foi na última terça-feira (18), quando a xAI, empresa de IA de Musk, anunciou o Grok 3. Esse novo modelo de inteligência artificial chegou para bater de frente com o ChatGPT de Sam Altman e botar mais lenha na fogueira nessa relação conturbada. 

Musk vai comprar a OpenAI?

Segundo Kaluan Bernardo, é bem improvável. Ao contrário da situação com o Twitter, que Elon comprou por US$ 44 bilhões em outubro de 2022, a OpenAI não parece querer ser comprada. 

“O Twitter quis ser vendido naquele momento, a OpenAI já deixou claro que não quer ser vendida. E não é só o Sam Altman que decide isso, é todo o conselho, que negou por unanimidade. Neste momento, eu diria que está muito distante uma venda da OpenAI para o Elon Musk”, disse Kaluan.

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