Foi escavado, no Marrocos, o fêmur de um dinossauro de 168 milhões de anos, revelando um achado único à ciência — o mais antigo ornitísquio cerapoda, um tipo de réptil bípede do qual não há muitos restos no Período Jurássico. Seu estudo está ajudando muito a paleontologia a descobrir mais sobre a evolução dos dinossauros da época.
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Além de andarem em duas patas, os cerapoda eram herbívoros, e seu registro fóssil do período Cretáceo é bastante conhecido. Quando chegamos em meados do Jurássico, no entanto, há raríssimos exemplares desses extintos répteis. Os restos em questão foram achados na Formação El Mers III, no meio da Cordilheira de Atlas, no norte da África.
Fêmures e ornitísquios
O fóssil do ornitísquio cerapoda é composto de apenas um fêmur, mas foi o suficiente para sua categorização. Neste caso, foi um sulco na cabeça do osso, onde ele encaixa no quadril, que indicou a presença de um ligamento, algo só visto em dinossauros cerapoda. A cabeça do fêmur também é bem distinta, separada da haste por um “pescoço”, algo não visto nos ornitísquios mais primitivos.
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O recordista anterior de ornitísquio cerapoda mais antigo também era um fêmur, pertencendo a um dinossauro iguanodonte encontrado em Leeds, na Inglaterra. A idade do fóssil mais antigo foi definida pela rocha da Era Batoniana que o envolvia, definindo que era ao menos 2 milhões de anos mais velho do que o fóssil inglês.
Antes desse achado, sabia-se que os ornitópodes provavelmente haviam evoluído nessa época por conta de pegadas fossilizadas, mas agora há um fóssil ósseo para provar essa diversificação dos dinossauros em meados do Jurássico.
É uma lacuna preenchida no entendimento da ciência sobre a evolução dos extintos répteis, e que deve ser ainda melhor entendidas com escavações nos prolíficos sítios paleontológicos do Marrocos.
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