O engenheiro aeroespacial alemão Rudiger Koch, de 59 anos, acaba de conquistar o título de pessoa que por mais tempo viveu debaixo d’água na história. Em sua última missão, o homem ficou submerso por 120 dias, o que lhe rendeu o reconhecimento internacional.
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O recorde de vida subaquática em um habitat fixo de Rudiger Koch foi confirmado pelo Guinness World Records. Longe de ser apenas uma curiosidade, o experimento busca mostrar que é possível que os humanos habitem novos espaços, como o fundo do oceano.
Anteriormente, o antigo recordista de tempo de vida debaixo d’água era o norte-americano Joseph Dituri, de 56 anos, que passou 100 dias submerso em um alojamento construído dentro de uma lagoa no estado da Flórida.
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Como Rudiger Koch viveu os últimos 120 dias?
No caso do alemão Rudiger Koch, os 120 dias submersos foram vividos em uma casa-cápsula construída na costa do Panamá. Nestes quatro meses, ele viveu em uma espaço de 30 metros quadrados, com banheiro, cama de casal, TV, bicicleta ergométrica e acesso à internet. Para comparar, é o tamanho padrão de um estúdio vendido nos grandes centros urbanos brasileiros, como São Paulo.
Vale destacar a importância da bicicleta, o que permitiu que ele fizesse exercícios físicos regularmente e não comprometesse a saúde por causa do experimento. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é preciso praticar pelo menos 150 minutos de atividade por semana.
Além dessas comodidades, Koch não estava completamente solitário. Eventualmente, ele recebia visitantes (humanos), através de uma passagem pela qual as pessoas podiam descer. Inclusive, a comida chegava por este caminho. Outros companheiros, sem dúvidas, foram os peixes do lado de fora, vistos pelas escotilhas.
“Foi uma grande aventura e, agora, que acabou, vivo quase uma sensação de arrependimento, na verdade”, conta o engenheiro aeroespacial para a agência de notícias AFP. “Gostei muito do meu tempo aqui”, reforça, após encerrar a temporada mais atípica em sua vida.
Humanos podem viver debaixo d’água?
Como comentamos, a experiência e o recorde mundial ajudam a mostrar como os oceanos podem se tornar um lugar viável para a ocupação humana, algo muito mais simples do que a criação de colônias em Marte, o sonhado planeta vermelho.
“Mudar para o oceano é algo que devemos fazer como espécie“, sugeriu Koch, em outra entrevista para a AFP, durante o experimento. “O que estamos tentando fazer aqui é provar que os mares são, na verdade, um ambiente viável para a expansão humana”, reforçou.
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